Trata-se de um projeto que reúne mulheres sírias para tricotar e gerar rendas para suas famílias a partir das vendas feitas em Portugal.
Enquanto uns insistem em fechar portas para os refugiados, outros tratam de acolhê-los para que tenham uma vida melhor, distante de conflitos e que ajuda mulheres sírias a terem outras rendas financeiras.
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A ideia partiu dos portugueses Natacha Lopes e Tiago Ferreira, que viu a guerra de perto e, ao invés de só lamentar, resolveu ajudar os mais afetados pela destruição e criou o Projeto Qara.
O que motivou o casal foi exatamente o fato de deixar de serem espectadores passivos para realmente agir em prol de quem luta diariamente pela sobrevivência. O projeto foi implantado num local onde Tiago tirou algumas fotos para seu trabalho como repórter, o mosteiro ‘Saint James the Mutilated’, em Qara, uma pequena vila nas montanhas sírias que não escapou ao flagelo da guerra.
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Foi o tricô feito por elas que chamou a atenção de Natacha, que pediu uma leva de artesanatos para Tiago levar à Portugal e o resultado foi bastante positivo. Então, em contato com uma voluntária do mosteiro, conseguiu fazer uma ponte para que as vendas crescessem. Sempre que algum deles vai para a Europa, trazem consigo alguma encomenda.
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“Os trabalhos que daqui saem não nos chegam através de fotografias bonitas do Pinterest a que os nossos sentidos já se habituaram. Mas são bonitos, aconchegantes e reais. E trazem consigo histórias que as nossas realidades nunca conseguirão imaginar. São metros e metros de lã com muitas histórias e sonhos para contar”, informa a página do Facebook.
Por meio de compras e de doações, o projeto já ajudou a produção a crescer. As primeiras peças resultaram em 150 euros, valor que chegou à cinco famílias, acrescentadas ao mosteiro, que viviam com cerca de 40 ou 50 dólares por mês, caso haja algum homem no papel de provedor. Parece pouco dinheiro, mas cada centavo faz a diferença, seja na alimentação ou na compra de material escolar para as crianças.
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Entre agulhas e afeto, as mulheres participantes acabam aquecendo as portuguesas com suas luvas, vestidos, casacos, toucas e boinas feitas à mão. Não é apenas uma compra, é solidariedade e quem fica mais quentinho nessa história toda é o coração.
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Fotos: divulgação
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