Nas margens da represa Billings, península na zona sul, região rural-floresta com balsa pelo Grajaú, está a Casa EcoAtiva.
Ali se reúnem grupos, coletivos, organizações, escolas e agora até universidade, para promover a permacultura, desenvolver comunidade e expandir ainda mais uma economia criativa da periferia.
Tecnologias permaculturais de todos os tipos são aplicadas: captação de água da chuva, reuso, banheiro seco, construção de pau a pique, telhado verde, parquinho de bambu, mobiliário de reuso, bicicletário de pallet, agrofloresta, horta, minhocário, gestão de resíduo, painéis com tinta de terra, tratamento das águas cinza e marrom, alimentação saudável, com direito à cozinha comunitária permacultural.
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Já são 20 anos no bairro onde há 80% da vegetação Mata Atlântica, que o espaço se reinventa como escola aberta, lugar de educação, arte, cultura e meio ambiente.
A partir da construção ecológica, é um verdadeiro local de impacto social e ambiental positivo, criador de tecnologia de bem viver, nas potências das bordas urbanas.
Durante todos esses anos, centenas de vivências, oficinas, cursos e rodas de conversas foram realizados ali.
Virou quase que o quintal, uma extensão mesmo da Escola Estadual Prof Adrião Bernardes. Das crianças pequenas aos adolescentes, todos se envolvem e frequentam o espaço. Com os menores, o contato primeiro com a natureza; com a juventude, há muito também a linguagem do grafite. É o projeto Adrião Escola Aberta.
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Mais recentemente, estão com duas novidades. Numa parceria com um programa de extensão da FAU-USP. O grupo formado por um professor e quatro arquitetos bolsistas, realizam atividades com os jovens de cartografia afetiva, conceito de bairro educador, técnicas de mapeamento, técnicas urbanísticas, configurando dados e fazendo leituras de paisagens.
E agora também estão conseguindo articular um ecossistema financeiro local. Uma geração de renda, a partir da entrega de cestas de orgânicos pro Grajaú. Além de fazer circular a moeda local e democratizar o acesso à alimentação saudável, a rede de proteção e de apoio se expande cada dia mais.
Como nos contou Jai, que faz parte da gestão do espaço, é a “periferia sem estereótipos”, abundante, consolidando um trabalho que sempre foi feito e que agora se valida economicamente.
Depois de tantos trabalhos burocráticos, indas e vindas, viradas sustentáveis, o primeiro sonho de gestão ambiental participativa se torna modelo para tantas outras comunidades onde a cidade e a floresta se encontram.
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Crédito Imagens: Divulgação EcoAtiva