Nós somos a maioria

Li que os maiores executores dos crimes ordenados por Hitler não eram homens cruéis, doentios. Mas simplesmente comuns, como eu ou você.Acordavam, faziam seus trabalhos, escovavam os dentes e iam dormir. Apenas se esquivavam de pensar por si próprios, um detalhe, preferindo aceitar o comportamento coletivo.
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É muito estranho começar um texto citando Hitler para falar justamente de humanidade. Mas acho que o que vivemos tem algo a ver com isso aí.
Há uma convicção coletiva de que a sensibilidade humana acabou. É coisa pra outra era, pro tempo da vovó. A pressa já engoliu agentileza. A ambição sentou em cima da simplicidade. E a indiferença entre as pessoas, sinceramente, não faz diferença pra ninguém.
Aí está o ponto. Nos fizeram acreditar nisso. Pior, acreditar que somos poucos. Nós, que gostamos tanto de ser gente.
Pessoas físicas, graças a Deus.
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Perdemos nosso tempo com abraços um pouco mais demorados. Não consideramos crime hediondo querer voltar pra casa mais cedo. Sorrimos pelos buraquinhos dos guichês porque lembramos que tem alguém ali. E damos bom dia porque acreditamos que isso faz mesmo o dia ficar bom.
Temos uma noção de valores diferente da “maioria”, porque prestamos atenção nas pessoas, na maior parte do tempo. E principalmente, na nossa pessoa. Porque sentir ainda é o nosso melhor radar.
Nós, os “Sensíveis”.
Pois é. NÓS SOMOS A MAIORIA.
Todos acreditamos nem que seja um pouquinho em uma vida mais humana. Ou não?
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Nós só estávamos calados, o que é muito diferente de sermos poucos.
Quem grita, realmente, parece ser dez ao invés de um.
Mas, para a nossa fé, a coisa já está virando.
As pessoas estão se espalhando como formigueiros, criando ações e pequenos gestos que erguem a gentileza acima dos muros. E derretendo a frieza que as metrópoles tanto se orgulharam de exibir.
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Cidade grande não precisa ser sinônimo de pequeneza interior. Muito pelo contrário. Mais gente, mais amor
Você que não aposentou seu coração, nem caiu nessa marmota.
Você é maioria, meu amigo.
Fique bem à vontade para ser.
Um texto de Luise Barros
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