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Notícias ruins levam a ciclo de tristeza, diz estudo: já notícias boas, fazem bem à saúde mental

Notícias ruins levam a ciclo de tristeza, diz estudo: já notícias boas, fazem bem à saúde mental 2

O que parece óbvio para todos nós agora tem respaldo científico: consumir notícias ruins diariamente leva a um ciclo danoso de tristeza, fadiga e angústia. No sentido contrário, consumir notícias boas faz bem à saúde mental e gera sentimentos como empatia, esperança e felicidade.

Tal conclusão é de um estudo publicado no periódico Science Advices com o título: “A exposição a eventos de violência em massa na mídia pode alimentar um ciclo de angústia”.

Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia analisou 4165 voluntários dos EUA, e demonstrou que o consumo exagerado desse tipo de notícia pode prejudicar a saúde mental a curto e médio prazo.

Os estudiosos chamaram de ‘traumas coletivos’ notícias envolvendo atentados terroristas e desastres naturais que as pessoas passam horas assistindo na TV, no rádio ou na internet.

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Constatou-se que a exposição exagerada a notícias ruins é um problema de saúde pública, uma vez que eventos como esses causam implicações na saúde mental – e por vezes física – de milhares de pessoas em potencial.

De acordo com estudo da Universidade da Califórnia, consumir notícias boas faz bem à saúde mental e gera sentimentos como empatia, esperança e felicidade. Foto: Pixabay/Reprodução

“A exposição repetida à cobertura noticiosa de traumas coletivos tem sido associada a consequências ruins para a saúde mental — como flashbacks — nas consequências imediatas, e respostas ao estresse pós-traumático e problemas de saúde física ao longo do tempo, mesmo entre indivíduos que não experimentaram diretamente o evento”, alertou a psicóloga Rebecca Thompson ao portal Gizmodo.

É a primeira vez que os efeitos desse tipo de consumo de informação é observado empiricamente. “Nosso estudo é único porque é o primeiro a demonstrar o padrão [resultante] da exposição repetitiva a eventos de violência em massa, e o estresse que isso causa durante o tempo em uma grande parcela da população que foi pesquisada por vários anos”, contou a psicóloga.

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“A cobertura midiática desses eventos, alimentada pelo ciclo de notícias de 24 horas e pela proliferação de tecnologias móveis, é muitas vezes repetitiva e pode conter imagens gráficas, vídeos e histórias sensacionalistas, estendendo o impacto a populações além das pessoas diretamente envolvidas”, afirmou uma das pesquisadoras, a psicóloga Roxane Cohen Silver, à publicação da Universidade da Califórnia, em Irvine (UCI).

 

Representação do ciclo de estresse estudado. Foto: UCI

Acompanhar com certa obsessão os desdobramentos de tragédias humanas e catástrofes naturais é comum por vezes, ressalta a equipe, uma vez que os seres humanos são curiosos por natureza.

No entanto, é preciso haver uma dosagem de quanta informação permitiremos assimilar. Nesse aspecto, é importante que os veículos de imprensa tenham sensibilidade na publicação de conteúdos ditos sensíveis.

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“Para os meios de comunicação, recomendamos moderar os aspectos sensacionalistas da cobertura noticiosa desses eventos, de modo a não provocar preocupação e angústia excessiva entre os espectadores”, recomendou Thompson.

Foto: Sapo Mag/Reprodução

Notícias boas transformam o nosso dia a dia

Em resumo, é importante se informar sobre o que está acontecendo (de ruim) no mundo, mas recomenda-se evitar acompanhar longas transmissões de tragédias e catástrofes. Saiba apenas o essencial e procure equilibrar na balança essas notícias ruins com as notícias boas, como as que publicamos sempre aqui no Razões! ?

No mesmo estudo, 88% dos entrevistados relataram que a sensação de ter um “bom dia” foi prolongada após a leitura de boas notícias. Eis aí o poder transformador da informação positiva!

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Fontes: SNB/Galileu

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