Podemos chamar de empatia, o ato de escutar e compreender a lógica do outro, já que é praticamente impossível se colocar no lugar de uma outra pessoa, pois nunca poderemos ter a total dimensão do que é ser outro alguém, porque isso depende de histórias de vida, que não vivenciamos.
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Mas, fala-se cada vez mais sobre empatia e um mundo mais harmônico, onde as pessoas se respeitam, se ajudam e se entendem. E como está essa história no nosso país?
Pensando nisso, desde 2015 existe o Museu da Empatia, em Londres e o sucesso é tanto que uma versão pocket de sua exposição interativa, chamada “A Mile in My Shoes”, que no Brasil recebeu o nome de “Caminhando em Seus Sapatos”, vem circulando desde então, em diversas cidades do mundo. Aqui no Razões publicamos a iniciativa e foi um imediato sucesso, trazendo várias pessoas ao site que querem saber mais sobre o assunto. E agora é chegada a vez da cidade de São Paulo sediar essa maravilhosa exposição, a partir de amanhã (18), na área externa do pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera.
Novamente pulicamos no site sobre a chegada do projeto ao Brasil, e desde então temos recebido uma enxurrada de pessoas acessando e querendo saber mais sobre o Museu, isso é um ótimo sinal.
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Como funciona? Foi montada uma espécie de loja de sapatos, onde o visitante escolhe um sapato de seu tamanho, veste e tem uma hora para passear, enquanto ouve a história do dono do sapato, através de um fone de ouvido. São muitas as histórias de pessoas que sequer imaginamos e essa é uma oportunidade única de enxergar o mundo, sob uma nova perspectiva.
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Fez parte dessa iniciativa, o Seminário “Desafios contemporâneos: o potencial da empatia”, do qual fomos convidados a assistir, na terça-feira (14), no MAM, Museu de Arte Moderna de São Paulo, também no Parque do Ibirapuera.
O evento, que teve patrocínio do canal GNT, começou na parte da manhã e foi até o final da tarde, contou com diversas mesas de debate e palestras, todas, claro, sobre empatia.
Rachel Briscoe, artista e uma das idealizadoras do museu, veio diretamente de Londres para falar sobre a importância desse valor e de como essa exposição interativa, tem ajudado a apresentar o significado da palavra empatia, para pessoas do mundo todo. Na mesma mesa, intitulada de “Construindo diálogos”, também falou, Karen Worcman, do Museu da Pessoa e o antropólogo, José Guilherme Magnani.
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Através do painel, “A empatia como valor para os brasileiros”, o cineasta João Jardim e o publicitário Pedro Cruz, com a mediação de Bárbara Gancia, mostraram como a produção audiovisual brasileira e a publicidade, respectivamente, nos ajudam a produzir e a reproduzir conceitos como a empatia.
Mas afinal, com tantos problemas no mundo, com o que as pessoas mais se sensibilizam e criam empatia? Neste seminário descobrimos que, as coisas que mais geram empatia no brasileiro são: fome, dor física, miséria, deficiência física e maus tratos.
Aprendemos também que, enquanto existe uma corrente de individualismo, pautada pelo egoísmo, o número de pessoas empatas, vem crescendo cada vez mais e que em um nível de 0 à 100, o brasileiro possui um nível de empatia de 69,5.
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O objetivo do Museu da Empatia, desde que foi criado em 2015, é o de ser um verdadeiro antídoto contra o consumismo e uma ponte entre o nosso mundo e o universo do outro. Através de um ato simples – o de calçar os sapatos de uma outra pessoa, deixamos de pensar em dinheiro e na maldade que existe no mundo, para pensar de forma compreensiva e empática, na vida dos outros. Afinal, reclamamos demais, quando existem pessoas que certamente, sofreram e sofrem muito mais do que nós.
A resposta para a indagação do título a gente vive todo dia aqui no Razões, onde publicamos dezenas de histórias de brasileiros ajudando o outro, muitas vezes desconhecido, o grande problema é que essas histórias não vão para a grande mídia, e ficamos com a eterna sensação que tá tudo se acabando. Mas não está, é claro que temos muita coisa a melhorar, mas temos muitas coisas acontecendo em nosso país, e a solidariedade do brasileiro e sua empatia é uma delas.
Se você tiver curiosidade em saber como essa exposição funciona, ela abre amanhã, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo e fica até o dia 17 de dezembro.
Bom passeio!
Fotos: Gabriela Glette
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