Gustavo Mathias, de 19 anos, de Curitiba, é diretor de equipes em uma empresa que trabalha com logística e operações corporativas. Quem o vê em ação hoje não imagina que há pouco tempo Gustavo quase foi demitido por atrasar tarefas ou mesmo não completá-las. Com TDAH, ele criou um método próprio de organização e conseguiu melhorar seus resultados. Dessa forma, pode aceitar um outro trabalho, de coordenação.
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“Fui diagnosticado com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) aos 13 anos. Sempre fui esquecido, com a mente agitada, e tenho dificuldade em focar no que é mais importante.
No meu emprego anterior, em 2021, trabalhei como auxiliar de almoxarifado em uma oficina mecânica. Minha responsabilidade era catalogar peças e fazer relatórios, mas eu deixava de registrar produtos, atrasava as entregas ou não completava as tarefas. Precisei me organizar quando meu chefe falou que, daquela forma, eu seria demitido.
“É automático: se tenho algo para fazer, anoto no bilhete. A organização me ajudou a conviver melhor com o TDAH e será sempre parte da minha vida.”
Criei meu próprio método de organização: colava bilhetes na parede do escritório e, toda noite, listava o que deveria ser feito no dia seguinte. O papel significava que a tarefa não tinha sido finalizada, e passei a dar um jeito de deixar a parede sempre vazia.
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Agora, me organizo assim inclusive em casa. Também comecei a usar aplicativos de avisos e notificações personalizadas. Hoje sei quando a mensagem que chega é do trabalho ou de uma conversa particular, por exemplo.
Desde dezembro, trabalho como diretor de equipes em uma empresa que ajuda na logística de eventos e operações corporativas. Sou responsável pelo agendamento de viagens de uma equipe grande e tomo conta de detalhes burocráticos. Graças ao meu sistema de organização, nunca mais precisei cancelar compromissos por me esquecer deles e, se aparece um imprevisto, consigo realocar meus afazeres e cumprir os prazos.
Já é automático: se tenho algo para fazer, anoto no bilhete. A organização me ajudou a conviver melhor com o TDAH e vai fazer parte da minha vida para sempre.”
Texto: Juan Ortiz e Valentina Bressan, com colaboração de Mariana Alves e Caroline Guarnieri
Foto: Yasmin Galvão
Conteúdo extraído da reportagem “Organizar a vida”, publicada originalmente na Sorria #84, em abril de 2022.
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