O arquiteto Bruno Bordon fundou a ONG Construide, que levanta e constrói casas para pessoas em extrema vulnerabilidade social.
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Ele já foi e é nosso parceiro em várias transformações incríveis que mudaram pra sempre a vida de um monte de gente. ❤️
Além de uma ascendente carreira na arquitetura e uma forte presença na igreja, o Bruno recentemente compartilhou um lado dele que não conhecíamos.
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Em um emocionante vídeo compartilhado no Instagram, ele revelou um Bruno cheio de angústias, receios e questionamentos, mas que depois de anos tentando ser o que não era, finalmente conseguiu encontrar paz e se tornar uma voz para os que passam por conflitos parecidos!
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Confira o relato dele na íntegra abaixo:
“Eu não sou menos amado por Deus porque eu nasci homossexual. Lembro de mim com 11 anos de idade, talvez antes… Me vi já como uma criança [com essa orientação sexual].
Eu sabia que eu era cristão, sabia o que meus pais queriam de mim, que a sociedade queria de mim, o que a igreja queria de mim… Sabia que não ia ser fácil pra mim, porque eu teria que esconder isso daqui, né.
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E o tempo foi passando na minha vida e eu vivi de um jeito como se aquilo não fosse uma realidade minha, como se aquilo fosse só uma coisa passageira, que eu ia me apaixonar por uma menina, ia casar como sempre escutei.
Só que aí o tempo foi passando e eu fui cada vez mais percebendo que aquilo fazia parte de mim, que aquilo era mais forte do que a minha religião.
Não era sobre eu querer ou não, não era sobre eu lutar ou não, não era sobre uma ‘opção’ ou não. E era muito cansativo conviver com o fato de que o que eu era, eu não poderia ser.
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Eu lembro de tentar muitas coisas assim, como os workshops da igreja, os cultos de cura e libertação, ou de ler sobre o assunto, para tentar encontrar passos práticos pra deixar essa “prática” para trás.
Só que quanto mais eu me esforçava para deixar de ser, mais eu tinha consciência de que eu de fato era. E aí eu passei 7 anos da minha vida, até os meus 28, em um outro processo onde eu anulei tudo isso.
Só que à medida que o tempo ia passando, nesses 7 anos, começou a ficar muito difícil, muito difícil mesmo, porque eu percebi que não era sustentável.
E por mais que eu me sentia espiritualmente e emocionalmente falando muito carregado, quando eu olhava pra mim, quando eu tinha meus momentos sozinho, eu me sentia muito mentiroso comigo mesmo.
E eu me vi há uns 3 anos atrás com a ONG acontecendo, com várias conexões, com um monte de gente legal, muita coisa boa acontecendo, e me vi depressivo nesse nível… De sentir que assim, ‘Deus eu não vou aguentar essa pressão’.
E aí eu comecei a lidar com isso, comecei a fazer terapia e foi um processo muito intenso – e doloroso.
Foi esse processo que me trouxe até aqui. Eu não sou menos amado por Deus porque eu nasci homossexual, sabe. E é forte falar essa frase, né?
Nunca, em momento algum, em hipótese alguma eu optei por esse caminho na minha vida, mas hoje, de verdade gente, do fundo do meu coração, eu digo que eu tenho orgulho de ter carregado tudo isso.
E as pessoas que me conhecem pessoalmente, elas confiam em mim pelo meu caráter, pela minha generosidade, pela minha verdade, pela forma como eu sou amigo, pela forma como eu me importo, pela forma que eu lidero, que eu protejo, que eu cuido… E eu fico muito feliz e hoje me sinto muito pronto para poder professar uma frase como essa porque eu sei que ela só reforça no final das contas, ela só tá reforçando quem eu sou e quem eu de fato me tornei!
Que possamos através da nossas lutas ser apoio para outras pessoas…”
Que depoimento poderoso, hein? Bruno abriu a alma e se libertou. Que conquista incrível! Um exemplo de tomada de atitude, coragem e resiliência! No final, é o coração e o caráter que importam nessa vida!!!
Assista ao vídeo:
Quer ver mais uma história inspiradora? Dá o play!
Fotos: Reprodução / Instagram: @brunobordon
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