O montanhista e historiador Márcio do Nascimento, 42 anos, decidiu investir todas as fichas na natureza e as fartas aventuras que ela provê para ajudar o filho autista a lidar com o transtorno.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Nos últimos dois anos, Márcio se tornou um experiente chefe de escoteiros, levando-os em aventuras pelas matas, cavernas e montanhas Brasil afora. Recentemente, foi a vez de levar seu filho, o pequeno Gabriel Fortunato do Nascimento, 4 anos, para fazer uma caminhada pela mata, explorar cavernas e visitar cachoeiras.
Por conta do Transtorno do Espectro Autista (TEA), Gabriel tem certas dificuldades para comunicar e interagir socialmente, mas tem melhorado gradualmente graças aos esforços do pai. Segundo Márcio, seu filho aumentou o vocabulário, aprendendo novas palavras, consegue manusear objetos com mais facilidade e agora tem coragem até para subir numa cadeira e pegar alguma coisa no alto.
Leia Mais
“Quando está no meio do mato ele evolui muito, demonstra interesse em aprender, tem disciplina na hora de comer ao redor da fogueira, ficou mais dono de si”, disse.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
A mulher de Márcio, a advogada Simone Rosa Fortunato, 40 anos, também leva o filho para sessões de ecoterapia, musicoterapia e terapia ocupacional.
Leia também: Menino autista tem crise em parque e funcionária reage da melhor forma possível
O montanhista lembra que quando criança, ele passou por privações por conta da saúde: ficou dois anos numa cadeira de rodas por má formação no pé, mas superou as adversidades com muito esforço e contato com a natureza.
“Quando Gabriel nasceu e descobrimos que ele é autista, observamos que a maioria dos pais segue apenas o tratamento convencional. Não chama para si também a responsabilidade, não complementam”, disse.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Aventuras
Foi aí que ele começou a levar o filho para ter mais contato com a natureza. Um dos primeiros locais foi a Gruta do Índio, uma caverna situada em Vargem Alta, no Espírito Santo, onde a família mora.
Depois disso, Gabriel já acampou na Cachoeira do Furlan, em Castelo, explorou o Túnel dos Ingleses, em Vargem Alta, a Cachoeira de Matilde, em Alfredo Chaves e, por último, foi à Cachoeira da Fumaça, em Alegre.
“Na mãe natureza ele encontra o complemento que precisa. Vê a flor, o pássaro, sente o frio, o calor de uma fogueira, pisa na grama, dá uma topada na pedra, vê a água correndo, o cheiro de mato. Tudo isso ajuda no crescimento”, ressaltou Márcio.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Fonte: Tribuna Online/Fotos: Márcio do Nascimento/Arquivo pessoal
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.