No dia 15 de fevereiro deste ano, uma série de enchentes e deslizamentos de terra ceifaram a vida de 241 pessoas em Petrópolis (RJ), deixando outras milhares desabrigadas.
Três meses após a tragédia, o professor Alessandro Garcia ainda convive com o luto, ao mesmo tempo em que tenta honrar a memória de sua família.
O petropolitano perdeu sua esposa, filhos e sogros em um dos 775 deslizamentos que destruíram boa parte da cidade.
Recentemente, Alessandro criou o Projeto Borboleta Azul, uma iniciativa que busca apoiar a causa autista da qual seu filho fazia parte.
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Segundo uma pesquisa publicada no ano passado pelo Centro de Doenças e Prevenção (CDC) dos EUA, 1 em cada 44 crianças é autista. Estima-se haja 70 milhões de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) mundo afora – 2 milhões no Brasil.
Assim, o Projeto Borboleta Azul “tenta capacitar uma comunidade que gere acolhimento”, conforme explica Alessandro, que acompanhou o diagnóstico de seu filho Bento quando ele tinha 2 anos de idade.
Com a inclusão das pessoas autistas em todos os níveis da sociedade, é possível humanizar o assunto e levar conscientização à boa parte da nossa população, que desconhece o transtorno.
Hoje, esse é o propósito do professor, que teve a ideia de criar o projeto apenas 2 semanas após a tragédia. Assim, o Borboleta Azul foi a maneira encontrada para honrar a memória da família e se dedicar a uma causa que o faz lembrar de seu filho.
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O nome do projeto não poderia ser mais acertado. Isso porque quando as equipes de socorro localizaram Bento, já sem vida, havia uma borboleta azul próxima dele.
“A borboleta só saiu voando quando retiraram o corpo dele. Várias pessoas viral e o azul é o símbolo do autismo. Na missa de despedida da Carol e da Sophia, minha filha, eu sabia que o nome do projeto seria esse”, relembrou Alessandro.
Ao lado da psicóloga do filho, Ana Paula Costa, além de voluntárias e mães de crianças autistas, o petropolitano traçou a iniciativa que agora vem tomando forma e recebendo apoio de toda a comunidade.
Para o professor, o projeto vai retribuir toda a solidariedade que ele recebeu desde a tragédia, além de contribuir com a capacitação gratuita de pais e profissionais da educação que lidam com pessoas autistas.
Serão nove módulos, sendo o primeiro já neste sábado (28 de maio), na Paróquia de Santo Antônio, no Alto da Serra. Cerca de 130 inscritos participarão desta primeira etapa, e uma lista de espera aguarda para entrar nas próximas fases.
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“O curso vai tratar do tema a partir de diversos aspectos. Queremos auxiliar na formação de pais e dos acompanhantes terapêuticos dando a eles as ferramentas necessárias”, completou Alessandro.
Para saber mais sobre o Borboleta Azul, clique aqui.
Fonte: Sou Petrópolis
Fotos: Reprodução / Instagram: @projeto.borboletaazul
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