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Pâncreas artificial está revolucionando o tratamento do diabetes e salvando a vida de crianças

Pâncreas artificial está revolucionando o tratamento do diabetes e salvando a vida de crianças 1

Na teoria, parece simples: um sensor inserido sob a pele faz a leitura do nível de glicose no sangue e envia as informações coletadas para uma bomba de insulina, que distribui o hormônio para o organismo.

Na prática, trata-se de um tratamento que está revolucionando o tratamento do diabetes tipo 1 e que mudará a vida de 400 mil pessoas que convivem com a doença no Reino Unido, onde a nova tecnologia, batizada de “pâncreas artificial” vem sendo implementada.

O Reino Unido é o primeiro país onde o equipamento foi testado e está permitindo que dezenas de pessoas passem a maior parte do dia sem se preocupar com seus níveis de açúcar no sangue.

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Entre eles está Charlotte, de 6 anos, de Lancashire – apenas 1 das 200 crianças que agora usam esse novo sistema – e Yasmin Hopkins, 27 anos, de Londres.

“Eu acordo agora e posso ter um dia normal de trabalho ou passear com o cachorro sem me preocupar”, disse Yasmin à BBC. Ela foi diagnosticada com diabetes tipo 1 há 15 anos e, além de ficar alerta durante o dia, relata viver “sempre preocupada” com sua saúde.

Desenvolvido pelo NHS, o “SUS” britânico, o ‘pâncreas artificial’ já foi oferecido a 875 pessoas, cujos resultados no longo prazo definirão sua disponibilização para o restante da população.

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A pesquisa vem sendo conduzida pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados, vinculado ao NHS (o Serviço Nacional de Saúde).

Seus primeiros resultados são promissores: foi revelado que o monitoramento do nível de glicose no sangue não apenas ajuda a melhorar os níveis de açúcar no sangue em pessoas com diabetes tipo 1, mas também tem um efeito positivo em sua qualidade de vida.

“Antes de começar a usar o sensor, eu carregava meu kit de teste de glicose no sangue comigo para todos os lugares e tinha que testar até oito vezes por dia”, disse Olivia, de 25 anos, que foi diagnosticada com tipo 1 quando tinha 7 anos.

“Estava ‘espetava’ meu dedo e testava minha glicemia antes do café da manhã, antes do almoço, antes do jantar e antes de dormir. Antes de dirigir o carro e depois de dirigir por duas horas – testes sem fim!”, relembrou.

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“Crescendo e convivendo com o diabetes, eu nunca sonhei que um dispositivo como este seria desenvolvido para mudar minha vida. E, bem, quando comecei a usá-lo, não conseguia acreditar que algo tão pequeno tivesse um impacto tão grande no meu dia a dia”, afirmou Olivia. “Isso me ajudou a ter mais confiança e melhorou meu bem-estar mental.”

O sensor não é totalmente automatizado, uma vez que a quantidade de carboidratos ingeridos nas refeições deve ser colocada em um aplicativo de smartphone para garantir que os níveis de insulina não subam muito.

De toda forma, os pais de Charlotte disseram que isso permitiu que ela voltasse a algo que ela amava fazer, mas não conseguia fazer há algum tempo: ser criança novamente.

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“Ela adorava sair com seus amigos e fazer festas de pijama, mas tivemos que parar com isso assim que ela foi diagnosticada porque outras pessoas não conseguiam controlar seu diabetes, a não ser nós, é claro”, disse Ange Abbott, mãe de Charlotte, à BBC.

“Agora podemos permitir que ela saia para essas ocasiões sociais quando não estivermos lá. Essa tecnologia mudou – e salvou, de certa forma – a vida da nossa filha”, concluíram. Esperamos que essa inovação extraordinária chegue logo ao Brasil!

Fonte: BBC UK
Fotos: NHS UK

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