Cerva, gelada, loura… Todas as designações para a cerveja são do gênero feminino, então por que o produto é geralmente voltado para o público masculino? E por que o mercado das cervejarias costuma ser dominado por homens? Neste Dia Internacional da Mulher, você vai conhecer uma paraibana arretada que mostrou que cerveja é coisa de mulher, sim senhor!
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Ranny é de Sousa (PB) e se estabeleceu em Campina Grande (PB). Ela se encantou com as cervejas artesanais em 2017, depois de provar umas amostras de teste de uma cervejaria de Curitiba (PR). “Foi amor à primeira vista, ou melhor, ao primeiro gole!”, disse.
A partir daí, a engenheira química começou a buscar uma oportunidade para trabalhar na área, só que não conseguiu espaço. “Mas como boa teimosa que sou, coloquei na cabeça que queria aprender a fazer cerveja e acabei fazendo o curso introdutório. No Natal de 2017 fiz minha primeira cerveja”, contou.
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Nascia ali, ainda de forma tímida, a Femme, uma cerveja feita por mulher, mas voltada para todos os gêneros. Femme significa mulher em francês. E como alguns mais antigos chamam na Paraíba, Femme pode ser uma forma de falar fêmea.
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Juntando o feminino e o regional, ela lançou a primeira cerveja, a Xêrosa, nome dado por conta de seu aroma, super cheiroso. A logo da marca faz jus à primeira cervejaria paraibana idealizada e gerenciada por uma mulher. A imagem expressa a segurança e força femininas na forma como a mão segura o copo, firme e para cima.
Esse mês ela lançou a segunda, a Joia Rara, uma cerva que mistura cajá e seriguela. “São verdadeiras JOIAS RARAS para o povo paraibano! Além disso, ela se propõe também a aguçar as memórias dos paraibanos, através da percepção das frutas”, contou.
Cervejaria é comandada majoritariamente por mulheres
Ranny é sócia fundadora do negócio e conta com o apoio do seu namorado, Rodolpho, que também é sócio. Duda e Inaê, da empresa CasaDuná, são as responsáveis pela criação de todo o conteúdo gráfico e comunicação estratégica. E as meninas da R & S Assessoria contábil cuidam da contabilidade. Ainda tem o Felipe, que cuida do site.
“Mostrar que mulheres também gostam de cerveja, fazem cerveja e mandam muito bem! A cerveja é uma bebida democrática e social. O ato de beber cerveja está inserido na cultura do brasileiro como uma forma de confraternização, é para todos, tem que ser”, disse Hanny.
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Além de inserir as mulheres na produção da cerveja, a ideia também é criar uma identidade para elas com uma marca, mas num tem essa de cerveja para mulher não! A Xêrosa e a Joia Rara são para todos os paladares.
“De fato, é um mercado muito visto como masculino. Por vezes nos deparamos com comentários do tipo: “cerveja de mulher” (se referindo a cervejas mais leves ou frutadas, por exemplo). Isso só nos deu ainda mais forças para continuar, e provar o contrário! Felizmente, o mercado de cerveja tem contado cada vez mais com mulheres em posições de liderança, mulheres incríveis que nos servem como inspiração e por vezes, apoio”, finalizou.
Só digo uma coisa: “Essa gelada eu vou beber, em homenagem à saudade que eu tô da minha Xêrosa…” 🎼🍻🍺
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