A dança! Claro! Como ninguém pensou nisso antes? A dança é uma grande aliada no controle do Mal de Parkinson. Um dançarino e coreógrafo italiano entendeu que os tremores no corpo de quem tem a doença podem ser amenizados com a atividade, e mais: dá pra tirar proveito do problema e se sair bem dançando.
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“Eu pensei: as pessoas com Parkinson tremem sem ritmo; eu treino minha vida inteira como dançarino para tremer com a batida. Na minha cabeça, as pessoas com Parkinson poderiam transformar seus sintomas em uma superpotência“, disse Simone Sistarelli, bailarino formado em dança contemporânea e psicologia da dança. O avô de Simone também sofria de Parkinson.
Ao observar que poderia ajudar pessoas com Parkinson através do movimento do corpo, ele foi estudar a doença e descobriu que não havia contra-indicação. Pelo contrário: a dança estimula o equilíbrio, contribui com a socialização e ajuda o paciente a neutralizar a perda de autoconfiança.
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Para iniciar o experimento, o coreógrafo criou um estilo único de dança chamado Popping for Parkinson, que mistura Hip Hop e Breakdance. Começou dando aulas na Inglaterra, depois levou o projeto aos Estados Unidos e, por fim, para sua terra natal, a Itália. O trabalho já tem seis anos.
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Alunos com Parkinson se tornam professores
Os alunos que frequentam os cursos de dança de Simone têm de 45 a 75 anos de idade. São desde pacientes com sintomas leves até severos. Os movimentos são passados de forma personalizada e de acordo com o grau de comprometimento de cada um.
Depois de um tempo, alguns dos próprios alunos passam a dar as aulas para incentivar novos dançarinos e mostrar sua capacidade e seu potencial. Ah, mas alunos que não têm a doença também são incluídos e super bem-vindos!
“[A dança] Ajuda a não ter vergonha, a não se sentir julgado. É essencial que haja sempre uma atmosfera em que as pessoas se sintam confortáveis explorando e compartilhando movimentos“, disse Simone. E isso se estende para além do salão de dança… Os alunos acabam virando amigos, criando grupos de autoajuda e realizando encontros fora do ambiente do curso.
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E o melhor de tudo é que o projeto é mantido com doações e financiamento coletivo. Logo, as aulas são gratuitas. O objetivo é capacitar várias pessoas pelo mundo para levar esta experiência ao máximo de pacientes com Parkinson.
“Existem cerca de 10 milhões de pessoas com Parkinson em todo o mundo. O objetivo final do projeto é alcançar todos eles e capacitá-los a se tornarem dançarinos”, disse. Ficou interessado? O projeto está oferecendo aulas on-line por meio de vídeos por conta da pandemia.
Os alunos simplesmente adoram as aulas! Durante uma hora, eles se esquecem completamente dos efeitos da doença e se divertem, ao mesmo tempo em que também se cuidam.
“Dançar para combater o Parkinson também é encontrar confiança para pessoas que muitas vezes se sentem marginalizadas e que podem recuperar a coragem aqui, subindo no palco e, acima de tudo, se divertindo muito”, finalizou o professor.
O contato com eles pode ser feito via Facebook ou site. E as seleções de canções específicas para as aulas de Popping for Parkinson’s estão disponíveis em plataformas como Deezer e Youtube.
Fontes: Positizie / Get the Chance
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