O policial militar reformado Leandro Percivalli Nascimento perdeu a mão esquerda ao tentar defender uma mulher que era ameaçada de morte pelo companheiro no Distrito Federal. Se fosse preciso, ele diz que faria tudo de novo: “Era uma vida em risco”.
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O ato heroico aconteceu no último domingo (3). Por volta de 1h30, Leandro acordou assustado com os gritos de socorro e ameaça. O homem dizia que ia matar a mulher e enchê-la de balas. Sem pensar duas vezes, o policial correu para fora de casa para tentar salvar a vítima.
“Não estava armado, mas policial só é policial com arma? Era uma vida em risco. Muita gente não faria isso, mas acho que nasci para fazer a diferença“, contou.
Movimento arriscado
Sem saber se o agressor estava armado ou não, Leandro tentou separá-lo da mulher. Ao fazer o movimento, levou um golpe de facão na mão, fazendo com que o membro ficasse pendurado no pulso. O criminoso ainda tentou esfaquear o policial novamente e passar o carro por cima dele.
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“Foi algo muito rápido e eu não consigo decifrar a dor. Como sou policial, sabia dos procedimentos e, em São Paulo, todo policial faz treinamento de bombeiro. Pedi à minha esposa para que ligasse urgentemente aos bombeiros e para ela amarrar um pano no ferimento”, disse.
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A namorada de Leandro, Lívia Oliveira, estava em casa. Desesperada, não conseguia encontrar o celular para pedir ajuda. Só depois de um tempo o Corpo de Bombeiros do DF chegou ao local. Leandro foi levado para o Hospital de Base e transferido imediatamente para a sala de cirurgia.
“Ouvi os médicos discutindo se seria o caso de amputar ou não. Eu, como já sabia que não tinha jeito, deixei claro que estava ciente e seria favorável à amputação”, recorda.
Recuperação
A cirurgia foi um sucesso, mas o policial ainda sente dores fortes no local. Junto com a companheira, ele administra um restaurante de frutos do mar e carnes na 115 Norte. Agora, podendo contar com apenas uma das mãos, ele busca formas de ajudar a namorada no negócio.
“Além de administrador, eu era copeiro. E, agora? Como vou cortar um limão? Passar pano? Limpar o banheiro? As impossibilidades se multiplicam a cada minuto, mas estou ciente de tudo e preparado para o futuro. Não me arrependo e me pergunto se eu não tivesse agido. O que poderia acontecer? Eu tinha que fazer meu papel. E se ele matasse aquela mulher? Não deixaria de me arriscar“, afirmou.
Desejamos uma recuperação plena e que ele consiga se adaptar à nova realidade o mais breve possível!
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Infelizmente, há muitos casos de violência e assédio contra mulheres. Mas nem todos terminam com um final trágico para a vítima graças a pessoas como o homem, que, com um simples abraço, salvou uma mulher desconhecida perseguida por três suspeitos.
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Fonte: Correio Braziliense
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