
Danielle Nobile, 36 anos, paratleta de Riberão Preto (SP), conta como o esporte salvou sua vida e narra o caminho que a fez virar a primeira mulher cadeirante triatleta do Brasil.
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“Eu era uma criança gordinha e vinha de uma família com problemas de obesidade. Então, perto dos 10 anos, comecei a praticar esporte para ajudar no emagrecimento. Fiz natação, handebol, vôlei… Até que, aos 20, participei de uma corrida de rua e vi que queria fazer isso pelo resto da vida. Passei a treinar e participar de provas enquanto atuava como professora de inglês.
Mas, cinco anos depois, quando me preparava para estrear na maratona e no triathlon, sofri um acidente de carro a caminho do trabalho. Os médicos disseram que, se eu fosse uma pessoa sedentária, teria morrido. O esporte salvou minha vida, inclusive porque me incentivou a lutar.
Eu fiquei tetraplégica, mas, como a lesão na medula não foi completa, consigo mexer os braços e as mãos. Só não tenho coordenação motora fina. Por sorte, consegui logo uma vaga em um hospital de reabilitação. Lá, não só aprendi a me virar sozinha como também voltei a praticar esportes e musculação. E não parei mais.
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“Escolhi viver da melhor forma na minha nova realidade”
Em vez de sobreviver e ficar vendo a vida passar pela janela, escolhi viver da melhor forma possível dentro da minha nova realidade. Foi por isso que, em 2015, pude realizar o sonho de participar de um triátlon. Acabei me tornando a primeira mulher cadeirante triatleta do Brasil, o que abriu oportunidades para que outras meninas também sonhem com essa possibilidade.
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Ainda tenho uma lista enorme de provas que quero fazer, como a maratona de Nova York. E, há alguns anos, também trabalho com mentorias para ajudar as pessoas a ter uma vida mais saudável, de corpo e mente.”
Texto: Romy Aikawa
Foto: arquivo pessoal
Conteúdo publicado originalmente na TODOS #41, em janeiro de 2022.
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