Cientista, doutorando e professor de matemática: o goiano Greiton Toledo de Azevedo, de Ipameri (GO), se tornou o único representante brasileiro no prêmio “Global Teacher Prize 2021”, também chamado de ‘Nobel da Educação’.
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Greiton é docente no Instituto Federal Goiano e adora ensinar matemática estimulando os alunos a pensar como cientistas e a criar jogos e atividades que ajudem no tratamento dos sintomas do Parkinson.
O prêmio Global Teacher Prize está em sua 8ª edição e já é considerado o de maior reconhecimento na área: todos os anos, ele premia o melhor professor entre os indicados avaliando qual deles teve uma atuação excepcional e que deixa uma contribuição única à profissão. Cada ganhador leva, além do título, US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões).
Toda vida Greiton estudou em escolas públicas. A partir dos 13, apaixonou-se pela arte de ensinar, sonhando em se tornar professor. Em 2016, já atuando como educador, ele foi um dos vencedores do prêmio Educador Nota 10.
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Ensinando crianças e jovens há 11 anos, o professor busca oferecer mais do que apenas aulas teóricas para os estudantes. Por isso, criou o Mattics, projeto em que os estudantes criam jogos e atividades, de maneira sustentável e que ajudam no tratamento de pessoas com Parkinson.
“Eles criam soluções para problemas reais da sociedade por meio da matemática e da robótica. Isso os encoraja a ver e interpretar situações reais em que ela se aplica e começam a ver sentido e desenvolvem gosto pela matemática”, descreveu.
A coordenadora Raquel Moreira Barros, que gerenciava um hospital em Anápolis (GO), contou que recebia essas atividades desenvolvidas pela turma de Greiton e repassava aos pacientes com Parkinson.
A resposta deles sempre foi muito positiva, uma vez que se beneficiavam muito desse trabalho e só pararam de recebê-los por causa da pandemia da Covid-19. “Jogos ajudavam na parte motora, de coordenação, concentração, equilíbrio. Tudo isso eles desenvolviam muito”, lembrou.
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Para o educador goiano, apenas “estar entre os 50 finalistas do prêmio”, entre mais de 8 mil profissionais de 121 países que se inscreveram já é uma grande realização.
Antes do resultado, um júri analisa a história do professor e o impacto que ele vem causando na sociedade em que está inserido.
“Fico muito honrado de poder representar a escola pública, porque sou fruto e professor dela. A gente precisa impactar a vida das pessoas por meio da ciência brasileira, por meio do ensino da matemática. […] É possível trazer impacto social pelo conhecimento escolar na educação pública”, disse.
O estudante Guilherme Dias, ex-aluno de Greiton, explicou que as aulas do professor são mesmo diferentes, porque mostram a matemática por outros ângulos, diferentes daqueles conhecidos pelos jovens.
“A matemática tem de fato um potencial prático, que é muito complicado de se ver no ensino médio. O Greiton é a manifestação desse ensino de vanguarda. É completamente diferente do que a gente está acostumado e do que é parte das instituições de educação no Brasil. Para nós, é um orgulho imenso”, completou.
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Fonte: Olha Goiás
Fotos: Arquivo pessoal
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