
A professora trans Lodemar Luciano Schmitt foi eleita diretora de uma escola municipal de Santa Catarina com 68,5% dos votos válidos em meio a uma tentativa de boicote por parte da mãe de um dos seus alunos.
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Lode, como é conhecida pela comunidade escolar, foi eleita com 297 dos 433 votos válidos. Ela comandará a Escola Professora Dolores L.S. Krauss, em Gaspar (SC).
Alguns dias antes da votação, o áudio de uma mãe atacando Lode em um grupo do WhatsApp vazou. Nele, ela acusa a professora de ser ‘afetadíssimo’ e que não tem ‘compostura por ser homem e se vestir de mulher’.
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“Ela me criticou sem me conhecer, só pela minha aparência física, por eu ser mais parecida com uma mulher. Mas por outro lado [isso] me fortaleceu. Recebi ligações de apoio de alunos, ex-alunos, pais e professores de outras escolas. A repercussão me pegou de surpresa. Eu jamais imaginaria que isso aconteceria”, disse ela ao portal NSC.
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Ao tomar conhecimento da situação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte-SC) divulgou uma nota de repúdio.
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Com a repercussão negativa, a mãe transfóbica se manifestou nas redes sociais pedindo desculpas à docente, dizendo-se estar arrependida. Pouco depois, excluiu o post. Para Lode, esse pedido de desculpas com ‘data de validade’ não é suficiente, e ela moverá uma ação.
“Ela achou que publicando aquele texto, nós não levaríamos o processo adiante. Eu estou com 45 anos, já tive esse tipo de preconceito, mas agora resolvi dar um basta nisso. É uma forma de mostrar para essa senhora e também para outras pessoas que hoje, graças a Deus, preconceitos como racismo e homofobia são considerados crimes”, afirmou.
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A professora serve à rede municipal há 19 anos, e a estadual há 26. Ela foi a única candidata para a vaga de diretora na escola e recebeu amplo apoio da comunidade escolar, como atestou a votação, que lhe deu mais de dois terços dos votos válidos.
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Vale destacar que desde julho deste ano a LGBTfobia é considerada crime pelo Superior Tribunal Federal (STF). A partir de agora, o discurso de ódio voltado à comunidade configura crime de racismo. A pena pode chegar a até três anos de prisão.
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Fonte: Põe na Roda/Fotos: Reprodução
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