Cuidar de quem cuida: projeto leva acolhimento e capacitação à capixaba que empodera jovens de periferia

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mulher negra sorrindo sentada em janela

Cerca de 54% da população brasileira é formada por pessoas pretas e pardas. Deste total, 28% são mulheres, representando o maior grupo demográfico do país. Mais do que mera estatística, esse dado revela um perfil de mobilização local.

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São mulheres que cuidam da família, dos vizinhos e da comunidade como um todo, além de trabalharem muito para garantir o sustento da casa. Mas, e essas mulheres, quem cuida delas? É para se pensar, não é mesmo?

A NIVEA pensou e, juntamente com o Instituto Das Pretas, criou o programa Cuida de Quem cuida, que oferece uma trilha aceleradora para líderes do cuidar, em 60hs de capacitação ativa em temas como empreendedorismo e cidadania ativa a 6 mulheres líderes de iniciativas que cuidam de pessoas na região da Grande Vitória, no Espírito Santo.

O acesso a conhecimentos técnicos relacionados à gestão de iniciativas empreendedoras que encaminham a sustentabilidade desses fazeres e a amplificação do alcance de seus impactos é o maior gerador de mudança e o que mata a fome de futuro dessas mulheres.

Virada de chave: Influência Positiva

Uma dessas mulheres é a Adriele Coelho, de 25 anos, fundadora do Coletivo Cultura Bethânia. Ela conta que durante toda a sua adolescência e juventude percebia uma carência grande de atividades para os jovens da sua comunidade, no município de Viana. Foi então que, no dia 2 de agosto de 2019, Drica e um grupo de amigos resolveram criar o Coletivo Cultura Bethânia.

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“Somos um coletivo comprometido com a transformação social por meio de ações que visam potencializar as juventudes”, afirma.

mulher negra sorrindo sentada em janela
Drica enxergou a solução diante de um problema. Foto: Adriele Coelho/arquivo pessoal

Já o Cuida de Quem Cuida chegou em boa hora! Diante da situação pandêmica, Drica se encontrava cansada mentalmente com as ações do Coletivo e dificuldades financeiras.

jovens de coletivo cultura reunidos em grupo e sorrindo
Foto: Adriele Coelho/arquivo pessoal

A oportunidade veio, mas ela achava que não seria uma das selecionadas. Para sua surpresa, uma das vagas acabou sendo sua, reacendendo uma chama que estava se apagando.

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“O sorriso foi de orelha a orelha! Estava cansada de estar à frente de um coletivo. Ativou a chama que estava se apagando para continuar com as ações do coletivo”, afirma.

duas empreendedoras negras recebem consultorias de projeto da nivea
Foto: Adriele Coelho/arquivo pessoal

“Tivemos o primeiro encontro presencial em um restaurante onde sempre quis ir, mas não tinha condições financeiras. Chegando lá e ver um monte de preta te recebendo com sorrisos largos e bonitos é para confortar qualquer coração!”, completou.

homem negro oferece consultoria em negócios para empreendedoras negras
Foto: Adriele Coelho/arquivo pessoal

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“Fazia tempo que eu não sentia isso”

A sensação de ser cuidada acompanha Drica desde um dos seus primeiros encontros com lideranças do Instituto Das Pretas. Entre elas, a Laura Oliveira, mulher trans, e, nas palavras da Drica, aquela pessoa que, quando você acha que não vai conseguir fazer algo, fala em alto e bom som: “bora fazer!”.

“Ela me abraça sem mesmo ter contato físico. A primeira vez que a vi foi durante um jantar, no início do projeto. Ela é super astral, tem muita luz e me dá forças para continuar. Nela, eu me senti em casa e que poderia ser eu”, diz.

selfie de mulher trans negra
Laura é uma das grandes apoiadoras de Drica. Foto: Adriele Coelho/arquivo pessoal

A jornada da Drica e das outras mulheres pretas selecionadas para o Cuida de Quem Cuida começou no dia 13 de outubro e termina em dezembro deste ano.

Elas aprendem sobre Plano de Negócio, Marketing Digital, Branding, Co-Criação-Territorial, Cybercidadania, Planejamento Financeiro e Bio-Regeneração. Tudo isso com grandes nomes, como Priscila Gama, CEO do Das Pretas, o empreendedor digital Ramon Lofer, a coordenadora de inovação em meios de pagamento do Banestes Catarina Pinheiro, a educadora especializada em História e Cultura Afro-brasileira Jessica Grillo e a pesquisadora de narrativas regenerativas Lua Couto.

“O Cuida está sendo encorajador e mostrando o quando sou significativa nas coisas que faço. É muito bom se sentir válida, ter cuidado e carinho. Os encontros com essas mulheres poderosíssimas estão deixando meu coração cheio de alegria e esperançosa, pois com os Das Pretas eu sei que não estou só”, concluiu Drica.

Esse é o poder do toque: transforma vidas e inspira conexões! ?

Saiba mais sobre o Instituto Das Pretas clicando aqui.

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