Projeto em Lages (SC) instala casinhas para animais de rua

Em Lages, na Serra catarinense, voluntários vão instalar 500 casinhas para animais de rua nos 71 bairros da cidade, onde as temperaturas podem chegar a 0°C no inverno.
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Até o momento, 40 cachorros e gatos abandonados já ganharam abrigos. “É uma corrente do bem”, diz Bruna Uncini, de 26 anos, que criou o projeto “Ajude um animal de rua” em entrevista ao G1.
Ao lado de suas duas irmãs, ela começou a se engajar na causa animal com 16 anos. “Quando eu comecei a ganhar meu próprio dinheiro, queria investir na causa. Daí começamos a resgatar animais e levar para castração e abrigos, por conta própria”, conta.
O marco para que criasse de vez seu próprio projeto, em vez de ajudar de forma esporádica, veio após encontrar uma sacola com filhotes de cachorro recém-nascidos em uma rodovia. “Isso pra mim foi decisivo. Quando eu percebi que o trabalho de formiguinha não estava mais adiantando muito, me deu aquele estalo: se não consigo tirar todos da rua, por que não dar um lar pra eles, na rua mesmo?”.
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Para dar início, encontrou inicialmente dois parceiros, Bruno Hartmann, da Gerência de Proteção Animal de Lages, e Clênia Souza, do grupo de voluntário Adote Lages. “Juntos, conseguimos, depois de receber a autorização da prefeitura, fazer um boca a boca e cada vez mais arrecadar voluntários e doações”.
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Também foi criada uma uma campanha online que alavancou a iniciativa. “Muitas pessoas, mesmo fora da campanha na internet, me deram o dinheiro de livre e espontânea vontade”, conta.
Então ela passou para a segunda etapa, pensar em como seriam os abrigos e uma empresa em Rio do Sul, no Vale. “Lages é muito fria e as casinhas estão ao ar livre, então optamos por escolher um material de alumínio que, no inverno, conserva 40% do calor dentro”.
As primeiras unidades, que custam R$ 118 cada uma, tiveram patrocínio de empresas da cidade, o que tornou o projeto ainda mais popular. “Colocamos uma plaquinha em cada uma das casinhas com o nome da empresa que apadrinhou estas”.
Além de uma outra dizendo: “Essa é minha casa, fui abandonado. Por favor, me ajude com água e comida. Se não puder ajudar, tudo bem, mas por favor não me faça nenhum mal, eu não faço mal a ninguém. Obrigado!”
“Tu acredita que logo nos primeiros dias eu já vi cobertores dentro delas? As pessoas colocaram ali, por conta própria”, comemora, anunciando também que nas próximas semanas serão instalados comedouros ao lado das casinhas para que os próprios moradores alimentem os bichinhos.
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Para os próximos passos, Bruna quer recrutar veterinários voluntários para castração e vacinação. E também levar conscientização à comunidade e escolas. “Tudo começa com a educação. Só precisamos do projeto porque as pessoas abandonam os animais e é isso que temos que mudar, levando à conscientização”.
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