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No Maranhão, morador reforma cadeiras de rodas de pessoas carentes

No Maranhão, morador reforma cadeiras de rodas de pessoas carentes

Direto do bairro Vila Cafeteira, em São José de Ribamar (MA), um morador vem beneficiando a vizinhança e o município maranhense por meio de uma nobre iniciativa de inclusão social.

Raimundo José Bezerra é o idealizador do projeto ‘Faça um Cadeirante Feliz’, que reforma cadeiras de rodas e as devolvem aos proprietários com estrutura para ser utilizada por mais tempo; em outro casos, o projeto doa o equipamento à pessoas sem condições financeiras.

“Um equipamento como este é caro, nem todo mundo que precisa pode comprar. Como ajudar essas pessoas?”, indaga Raimundo.

Carinhosamente apelidado de ‘Pipoca’ pela vizinhança desde que chegou na cidade e começou a vendê-las com seu carrinho, Raimundo se tornou uma referência para Vila Cafeteira com suas ações beneficentes e busca por soluções baratas para demandas complexas dos moradores do bairro – como falta de infraestrutura e falhas no abastecimento de água, problemas que costumam afetar primeiramente a periferia das grandes cidades.

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“Então, lembrei que eu poderia fazer algo por estas pessoas. Quando estive com minha mãe em tratamento em Teresina-PI, precisamos de uma cadeira de rodas. Achei uma na rua, toda acabada. Reformei sozinho com uma peça daqui, outra dali e ela usou até quando não precisamos mais. Resolvi fazer desta experiência um projeto aqui na minha Imperatriz”, explicou.

Foto: Reprodução

A partir daí, Raimundo começou a levar todo tipo de parafuso e pedaço de metal que pudesse para casa, de modo a aproveitá-los para a ideia dele. Já ciente das pessoas do bairro que precisavam de uma cadeira de rodas ou de ter a sua reformada, ele começou a agir.

“E comecei por ai, reformando, e hoje pego uma cadeira que não serve mais e transformo numa seminova que ainda vai ser muito útil”, diz com um sorriso no rosto.

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‘Pipoca’ diz que por vezes concluir a produção de uma cadeira ou terminar a reforma de outra se torna um grande desafio. Isso porque nem sempre as doações chegam no prazo hábil e nem sempre o que chega à sua oficina é suficiente para finalizar o serviço.

Quando há esse tipo de problema, ele tira dinheiro do próprio bolso para comprar o tecido para fazer os assentos, o encosto, a borracha para melhorar as rodas, as peças para montar os pés, a tinta, a solda, a graxa…

“Mas quando vejo alguém sentado em uma cadeira que eu fiz, é uma satisfação muito grande”, comenta.

Em pouco mais de dois anos e seis meses, Raimundo já entregou 114 cadeiras de rodas, com outras 3 prontas para serem entregues nos endereços de destino. “Uma delas vai para Davinópolis, para um menino de 10 anos de idade”. No mesmo período a lista de pedidos, que cresce diariamente, estava com 34 pessoas aguardando cadeiras de rodas.

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Fonte: Correio MA

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