Cacá Dominiquini, de Campinas (SP) tem 42 anos e trabalha como fotógrafa desde 2009. Seu sonho sempre foi realizar um projeto autoral. Com isso em mente, ela decidiu que iria fotografar pessoas com deficiência. Mas ao fazer uma pesquisa, Cacá se deu conta de que existem inúmeros projetos desse tipo e teve uma outra ideia: por que não retratar mulheres amputadas?
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Ela fez uma busca na internet e encontrou pouco material, como se o tema fosse um tabu. No Facebook, descobriu (pouquíssimos) grupos e pediu para entrar em todos. Assim que conseguiu, postou um texto explicando sobre a ideia do projeto e seu contato. O post foi sendo respondido e assim Cacá criou um grupo de WhatsApp com as interessadas.
“Em nosso grupo do Whats, fui conhecendo as meninas, suas histórias, suas dificuldades e obstáculos que enfrentam nesse universo. Pude conhecer histórias inspiradoras e de muita força de vontade e superação”, explicou em entrevista ao site FHOX.
“No nosso grupo estão atletas paraolímpicas (nadadoras, corredoras) e também mulheres que tem filhos, trabalham e vivem uma vida normal”, completou.
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Depois de conseguir as primeiras modelos, o trabalho de Cacá ganhou asas com a ajuda da internet.
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Nascia então o Projeto InspirAção. Parte dos ensaios com 11 modelos ilustra a página do projeto nas redes sociais, mas a ideia da fotógrafa é transformar o projeto em exposição e, quem sabe,em um livro.
“Também tenho em mente procurar profissionais da saúde (que possam ser parceiros), para informar com textos e vídeos sobre saúde as pessoas amputadas. Mas para isso, estou em busca de patrocínio e ajuda para poder fotografar fora de Campinas e também imprimir as fotos e o livro. Atualmente conto com a ajuda de alguns maquiadores e cabeleireiros”, explicou.
Bom, material é que não falta. As histórias das mulheres que a fotógrafa encontrou merecem ser retratadas em uma obra.
Um dos exemplos é o caso da modelo Carolinie Araújo, de 21 anos, moradora de Campinas (SP).Ela nasceu com a Síndrome de Proteus, uma doença rara, sem cura, que mexe com a estrutura óssea.
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Após ter passado por 11 cirurgias e ciente da gravidade da doença, pediu aos médicos para amputar parte da sua perna direita .

“Não aguentava mais, principalmente sabendo que não ia dar certo. Meu sonho era usar salto alto e não podia”, contou.
Mas o sonho foi realizado rapidinho! Uma semana depois, Carolinie já desfilava por aí , o que deixou seu próprio médico surpreso.
Outra história que chama a atenção é a da Júlia Weiss, de 28 anos, natural de Florianópolis (SC), mas morando em Indaiatuba (SP).
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Ela perdeu a perna esquerda quando tinha apenas 19 anos, em uma acidente de carro. Formada em educação física, ela não deixou isso restringir sua vida. Hoje ela é nadada paralímpica, e compete em provas de 50m, 100m e 400m livre, além de 100m costas.
“Percebi que o assunto “AMPUTAÇÃO” é um tabu na nossa sociedade. Além das pessoas não falarem e não se preocuparem com o assunto, há muita discriminação e preconceito. Eu lido muito bem com essa questão, não tenho preconceito e as trato como pessoas comuns”, contou.
“Senti isso na pele quando fui almoçar com duas meninas no dia do ensaio. Ambas usavam próteses coloridas e me mostraram como as pessoas olham, cochicham e apontam. Elas me disseram que isso acontece regularmente quando saem de casa. Eu senti o que elas passam todos os dias… Conversando com muitas delas descobri que elas não querem que as pessoas tenham dó ou pena delas, o que elas esperam é viver numa sociedade que as aceita e as inclua“, disse.
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Com informações do site G1
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