Projeto da USP usa flores para ajudar na reabilitação de pacientes com transtornos mentais
Uma iniciativa da Universidade de São Paulo vem trazendo beleza e alegria para os pacientes do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
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Há seis meses, o projeto utiliza diversos tipos de flores, arranjos e buquês para levar momentos de bem-estar e acolhimento aos frequentadores, além de colaborar para a decoração dos ambientes do hospital.
“Não tenho dúvida de que depois de trabalhar alguns momentos com as flores a pessoa vai se sentir mais calma, mais feliz, mais alegre e vai transmitir isso para os outros”, disse o professor Wagner Gattaz, presidente do Conselho Diretor do IPq. “A busca pela melhoria do ambiente de trabalho beneficia também os profissionais, que revertem esse benefício em cuidados aos nossos pacientes”, explicou.
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Foi Wagner que trouxe o projeto para o IPq. Ele conta que o hospital recebe flores e folhagens usadas na decoração de grandes eventos, como cerimônias e casamentos, mas que ainda estão em bom estado e podem ter seu ciclo de vida útil prolongado, antes de serem descartadas.
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As doações são possíveis graças ao empresário Bruno Zani, diretor da Cenográphia Projetos de Festas, que já destina boa parte das flores à abrigos e casas de repousos.
“Atuo em um segmento privilegiado, com flores lindas e grandiosas, e compartilhar isso para além das festas, levando beleza e alegria a outras pessoas, me motiva e impulsiona”, afirmou Zani.
Os clientes do empresário também gostam de saber que os arranjos que fizeram parte de um momento especial de suas vidas terão um novo e inspirador destino.
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Flores ajudam na reabilitação dos pacientes
De acordo com a USP, os pacientes do IPq que participam do projeto Flores foram diagnosticados com diferentes síndromes psiquiátricas, já estiveram em tratamento e estão a caminho da alta hospitalar.
“Eles passam a frequentar o hospital durante o dia e, à noite, eles vão para casa, o que significa que é uma hospitalização parcial que serve para reintroduzir a pessoa na vida social e profissional”, destacou o professor Wagner Gattaz.
A equipe de terapia ocupacional do hospital cuida das atividades de cada paciente com as flores, facilitando o caminho da reabilitação psicossocial. Ali, também a aprendizagem com professores floristas, que ensinam os pacientes a cuidar e também fazer seus próprios arranjos.
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“Isso qualifica alguns pacientes a procurar emprego em floriculturas depois de receberem alta, porque estão aprendendo na prática uma nova profissão”, disse o professor, acrescentando que essa terapia ocupacional é capaz de mudar a visão de mundo do paciente e tornar o ambiente à sua volta mais agradável.
Em entrevista ao portal da USP, Wagner, que possui uma carreira reconhecida e premiada dentro da psiquiatria, disse que novas ideias como a do projeto com flores são motivadas pela vocação de médico.
“O meu papel de aliviar a dor dos meus pacientes, aliviar a dor moral, o sofrimento, a angústia, nós conseguimos de várias formas: a primeira e mais importante é por meio da ciência, com métodos e tratamentos embasados cientificamente. Mas, ao lado disso, também existe o objetivo de proporcionar bons momentos para todos”, concluiu.
Fonte: USP
Fotos: Divulgação/IPq HCFMUSP
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