Redatora de 63 anos que estava desempregada viraliza no Linkedin e consegue vaga em startup

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Infelizmente, sabemos que encontrar uma colocação no mercado de trabalho depois dos 50 anos é muito difícil. Apesar de toda a experiência, a redatora Ignez Therezinha Scotti, de 63 anos, estava desempregada há mais de um ano e chegou a enviar mais de 400 currículos. Foi quando ela fez uma publicação sincera no Linkedin, que obteve mais de 100 mil curtidas e 2.500 compartilhamentos, que ela finalmente arrumou uma vaga em uma startup.

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Uma notícia que mostra o poder das redes sociais e como podemos usá-las em nosso favor. “Olá, pessoal. Alguém conhece uma pessoa ou empresa que esteja disposta a contratar uma linda senhora de 63 aninhos?”, foi graças a esta frase sincera e bem humorada, acompanhada da hashtag #velhinhamasdisposta, que uma linda corrente se formou na rede e Ignez finalmente vai voltar a trabalhar!

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Foto: arquivo pessoal

Sua publicação levou mais de 40 empresas a entrarem em contato com ela, que também contou toda sua experiência como redatora, escritora, professora, coordenadora pedagógica e assistente administrativo.

O Linkedin é a maior rede social profissional e atualmente a maneira mais eficaz de conseguir uma colocação no mercado de trabalho. Ao usá-la, Ignez mostrou que de fato está antenada e que idade não representa absolutamente nada!

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Foto: reprodução Linkedin

Infelizmente, ela não é a única a enfrentar esta situação. Quando faltava apenas um ano para poder se aposentar, Ignez se viu desempregada quando a empresa em que trabalhava fechou o programa de funcionários 50+, há um ano. Dois meses depois, veio a pandemia do coronavírus, o que tornou as coisas ainda mais difíceis.

“Eu me inscrevi em vários sites de empregos e mandei mais de 400 currículos. A maioria nem respondia. Alguns agradeceram o contato e outros responderam que, apesar do meu currículo ser ótimo, eu não tinha o perfil e iam deixar para outras oportunidade”, relembra.

Com a demissão e a pandemia, ela começou a desenvolver problemas de ansiedade, afinal, os boletos não param, não é mesmo? Ignez até se virava com um trabalho de freelancer aqui e outro acolá, mas ela queria mesmo era a estabilidade de uma carteira assinada.

“A minha idade pesou muito. Infelizmente, a gente sabe que no Brasil, depois de completar 40 anos, você fica obsoleto para o mercado de trabalho. É uma prática burra porque quando você tem uma certa maturidade, você tem uma vivência profissional muito maior, o que pode beneficiar a empresa. Só que a política empresarial pensa no valor do salário e sabe que a pessoa mais madura normalmente tem um salário mais alto”, relata.

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Quem não arrisca não petisca

Diante da situação, Ignez resolveu arriscar e disse exatamente o que estava pensando quando abriu a página inicial de seu Linkedin.

E então, há duas semanas ela optou por uma vaga de analista de conteúdo na Decode, empresa de análise de dados. Hoje, ela trabalha oito horas por dia, em regime CLT, com benefícios e em home office, devido à pandemia.

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Foto: reprodução Linkedin

Para quem está passando por situação semelhante, Ignez tem algumas dicas. “A primeira coisa que eu diria para os profissionais acima de 50 anos que estão procurando uma oportunidade é para não se deixar abater. Quando você começa a acreditar que não serve mais para o mercado porque chegou em determinada faixa etária é o início da sua derrota. O desânimo acaba com a gente, leva à ansiedade, e à depressão. Se a pessoa perceber que está assim, precisa buscar alguma coisa que a motive. O que eu fiz? Como eu amo escrever, eu comecei a escrever livros, colocar no papel as coisas para provar pra mim mesma que eu era capaz, que tinha muito gás”, aconselha.

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Mas isso não foi tudo que ela aprendeu! Ignez ainda nos ensina sobre a importância de não desistir de projetos pessoais, mesmo quando as coisas parecem um tanto obscuras.

“Não podemos parar no meio do caminho. No outro dia, uma menina me mandou mensagem no LinkedIn dizendo que a mãe dela estava desempregada, mas que com 50 anos ela estava se formando na faculdade. É um exemplo excelente, ela não se importou com a idade. Se não der para fazer uma faculdade, faz algum curso, se envolve em alguma coisa, porque isso levanta o ânimo, você se sente útil”. 

E se você está buscando uma nova colocação, não se esqueça de criar uma conta no Linkedin e arriscar como fez Ignez. Afinal de contas, o “não” você já tem, não é mesmo? ?

Fonte: Estadão

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