Um dos assuntos que mais causam curiosidade é como diagnosticar e tratar o Acidente Vascular Cerebral, o AVC.
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Recentemente, falamos de um tratamento usado em outros países, mas que precisava de um estudo aqui no Brasil para provar seus benefícios em relação ao único tratamento hoje disponível no SUS, a terapia medicamentosa.
Quem divide com a gente os benefícios da Trombectomia Mecânica é o Edilson. Ele sofreu um AVC, fez o procedimento e teve o mínimo de sequelas.
A verdade é que o apoio da esposa e dos filhos também foi fundamental para sua recuperação, complementando a eficácia da Trombectomia Mecânica pós-AVC.
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O depoimento do Edilson é emocionante. Relembre!
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Lá no stories do nosso Instagram, fizemos uma enquete pedindo para vocês enviarem dúvidas sobre causas, diagnóstico e tratamento do AVC.
Reunimos todas elas e o Dr. Francis Albert Fujii (CREMESP: 104.852) respondeu pra gente. Confira!
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Afinal, o que é um AVC?
Popularmente conhecido como “derrame cerebral”, o AVC é quando os vasos sanguíneos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, fazendo com que o cérebro fique sem circulação sanguínea.
Prevenção: exercite-se!
Uma das primeiras dúvidas do público é se é possível detectar com antecedência o AVC. Infelizmente, segundo o doutor Francis, não é possível, pois ele acontece repentinamente. Mas, é possível sim nos prevenirmos! Como? Controlando e tratando os fatores de risco.
“Entre eles, estão a hipertensão (pressão alta), o sobrepeso e a obesidade, o diabetes, as altas taxas de colesterol, o tabagismo, abuso de álcool e sedentarismo. Ou seja, deve-se investir na prevenção do AVC com mudanças de hábitos de vida saudáveis”, informou.
Outras causas da doença também podem ter como explicação defeitos congênitos no coração ou vasos sanguíneos, como explicou o doutor Francis.
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“Há ainda condições (doenças) que causam maior coagulação do sangue, como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias, por exemplo. Existem ainda doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites ou espasmos cerebrais que impedem o fluxo de sangue”.
AVC não tem idade!
Ainda que um AVC possa surgir em qualquer idade, inclusive entre crianças e recém-nascidos, sua incidência cresce à medida que a idade avança. Quanto maior a idade de uma pessoa, maior a chance de ela ter um AVC.
Segundo doutor Francis, pessoas do sexo masculino e a raça negra exibem maior tendência ao desenvolvimento de AVC.
“Mas jovens na faixa de 40 anos também têm sofrido AVC com sequelas graves para vida, quando não tratados no tempo e forma adequada”.
Dê atenção a sua saúde, se na sua família tiveram casos de AVC
Sim, o AVC tem um componente relacionado à genética. Uma pessoa que tenha um parente que já sofreu AVC tem uma maior chance de ter também.
E tem mais, quem já teve um AVC ou uma “ameaça de AVC” ou outra doença vascular, como o infarto (no coração) ou a doença vascular obstrutiva periférica (estreitamento das artérias que alimentam as pernas diminuindo o fluxo de sangue), tem maior probabilidade de ter um AVC.
Anticoncepcional e AVC
O uso de pílulas anticoncepcionais pode favorecer o surgimento de trombos, consequentemente o AVC, principalmente em mulheres fumantes ou com hipertensão arterial.
É muito importante que você consulte o seu médico para que ele avalie a sua condição clínica e oriente da melhor maneira possível. Não tome nenhuma decisão sem antes consultar o seu médico.
Sintomas: como identificar que alguém está tendo um AVC?
O AVC ocorre de forma repentina como citamos acima, mas existem sinais importantes que podemos observar na pessoa e que podem até mesmo salvar sua vida. São esses, sempre de início súbito:
▪ Fraqueza ou perda de movimento dos membros de um dos lados do corpo;
▪ Alteração ou perda de visão;
▪ Dificuldade para falar;
▪ Desvio da boca (sorriso torto);
▪ Desequilíbrio e tontura;
▪ Dormência ou formigamento de um lado do corpo;
▪ Dores de cabeça fortes de início súbito (não confunda com crises de enxaqueca, ok?).
Lembre-se que a melhor maneira de socorrer uma pessoa com sinais de AVC é discando o 192 do SAMU ou levá-la imediatamente ao hospital mais próximo!
Tipos de AVC: isquêmico e hemorrágico
Você sabia que existem dois tipos de AVC? O isquêmico (AVCi) e o hemorrágico (AVCh). O mais comum deles, cerca de 80% dos casos, é o AVCi, quando ocorre uma obstrução (entupimento) dos vasos que levam o sangue ao cérebro por um coágulo que se forma de maneira repentina, interrompendo o fluxo de sangue para o cérebro.
O sangue é essencial, pois fornece oxigênio e nutrientes para as células cerebrais. Sem o sangue, estas células começam a morrer. Na versão hemorrágica, menos frequente, há um rompimento desses mesmos vasos, ocasionando uma hemorragia cerebral.
Sequelas temporárias ou graves
As sequelas podem ser temporárias ou graves. Entre elas, estão a falta de força dos membros, o que pode impedir a pessoa de andar, vestir ou comer sozinha.
Além disso, outras consequências do AVC incluem dificuldade para se comunicar ou compreender o que as pessoas falam, engasgamentos frequentes, incontinência, perda de visão ou mesmo comportamentos confusos e agressividade, dificultando assim a relação com a família e amigos.
Muitas vezes, sequelas importantes ficam, como a fraqueza e dificuldade de fala, podendo o paciente ficar numa cama dependente de cuidados por toda a vida. Este paciente necessita de cuidados e as sequelas sociais e psicológicas para a família são muito grandes.
Quanto mais rápido a procura por tratamento, com menos sequelas o paciente fica
A reabilitação no pós-AVC requer um atendimento multidisciplinar, com apoio de fisioterapeutas, fisiatras, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
Mas, é possível reverter os problemas causados pelo AVC quando buscado o tratamento no tempo correto. Por isso é necessário socorrer o paciente com a maior agilidade possível, além de indicar o tratamento mais adequado.
O tratamento pode ser realizado com medicamentos que têm como objetivo dissolver o coágulo (trombo) que está entupindo a artéria cerebral, podendo ser administrado, caso o paciente chegue ao hospital em até 4,5 horas, após o início dos sintomas.
Também a Trombectomia Mecânica, que é um dos procedimentos que reduz as chances de sequelas, dando assim maior independência para o paciente no pós-AVC. Mas ela precisa ser feita em até 8 horas após o acidente!
Como o próprio nome sugere, significa a retirada do trombo de forma mecânica e não medicamentosa. Isto é, o trombo (coágulo) é um pedaço de sangue que se junta, formando um trombo, e consequentemente entupindo a artéria.
Este entupimento impede o fluxo de sangue para o cérebro. Este tratamento é realizado através de um “fio” – cateter, que é introduzido na artéria, e chega ao trombo. No trombo, um stent (tudo metálico), é responsável por retirar este trombo e desobstruir a artéria de forma a restabelecer o fluxo sanguíneo.
Ufa! Quanta informação que a gente mal fazia ideia, não é mesmo?
Agora que vocês estão por dentro de tudo, vamos ajudar que mais histórias de recuperação como a do Edilson aconteçam?
Existe uma consulta pública para que a Trombectomia Mecânica seja incorporada ao SUS. Faça parte desse movimento:
Profissionais de saúde acesse aqui.
Público geral acesse aqui.
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