Raul Ribeiro foi a um restaurante com seu sobrinho – um adolescente negro de 13 anos, – almoçar, na Asa Norte de Brasília. Ao se dirigir ao caixa para pagar a conta, um funcionário perguntou se ele também pagaria para o “menino de rua” que estava próximo dele.
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Indignado com a situação, Raul decidiu reunir um grupo de pessoas em situação de vulnerabilidade e retornar ao mesmo estabelecimento no dia seguinte após o episódio. Eles almoçaram no estabelecimento na última quarta-feira, 21. Todas as despesas foram bancadas por Raul.
“É assim que se combate esse tipo de preconceito”, disse.
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Seu sobrinho mora em Planaltina, região administrativa do Distrito Federal e foi ao Plano Piloto de Brasília para aprender sobre o manuseio de hardware e programação. “Perguntei se ele tinha almoçado, ele disse que não, então fui sozinho até o caixa para deixar a refeição paga, quando me perguntaram se eu estava pagando a comida para um menino de rua”, relatou.
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Infelizmente, o adolescente escutou a conversa entre o tio e o funcionário, mesmo estando longe do caixa. Ele se sentiu bastante chateado com a situação e por ter sido confundido. “Eu não queria que ele ouvisse. No caminho, não disse nada, mas depois contou para o pai o que houve. Saímos dali rapidamente e o levei para uma lanchonete.”
No dia seguinte, durante o almoço promovido com os moradores de rua, Raul também levou flores e um amigo, que é saxofonista, para animar a refeição.
“Um grande mal-entendido”
Procurado pelo jornal Metrópoles, o restaurante Armazém do Ferreira afirmou ter havido uma falha de comunicação entre o funcionário e Raul. De acordo com a gerência do local, o responsável pelo caixa sequer viu o adolescente e apenas teria perguntado “se a refeição era uma criança de rua, pois é praxe da administração do restaurante o fornecimento de refeições a pessoas em situações vulneráveis.”
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O Armazém do Ferreira também afirmou ser comum que os clientes “se dirijam diretamente ao caixa para pagar pela alimentação de pedintes e isso teria contribuído para a confusão.”
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A pergunta feita pelo funcionário do restaurante não teria sido feita, em hipótese alguma, levando em conta a cor da pele do garoto. Segundo o Armazém, a pergunta poderia ter sido feita a qualquer frequentador, e caso este fosse pedinte, o restaurante iria se propor a pagar pela comida.
Por fim, a gerência disse que todos os clientes são atendidos da mesma forma, não importando a cor ou condição social. “Ele saiu sem nos dar nenhum tipo de chance de explicar”, concluiu.
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Com informações de: Metrópoles
Foto de capa: Divulgação/YouTube
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