Saiba mais sobre uma doença social pouco conhecida no Brasil: a endometriose

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Esse post foi elaborado com o objetivo de disseminar e informar um público cativo e massivo aqui do RPA: as mulheres, mas os homens também podem se informar, uma vez que entender um pouco sobre o que vamos falar, irá ajudar na convivência e bem-estar com as mulheres ao seu redor. 

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Não é “frescura de mulher”: gestações tardias, excesso de estresse e trabalho/estudo, sono e alimentação ruins e poucas atividades de lazer são alguns dos fatores que podem levar a mulher a prolongados períodos de desequilíbrio hormonal. Essas irregularidades costumam impactar diretamente a saúde feminina, causando alterações no ciclo menstrual e provocando doenças. Especialistas referem-se a essas enfermidades como “afeções hormonais” e, entre elas, destaca-se uma ainda pouco conhecida pelas próprias mulheres brasileiras: a endometriose.

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“Muitas mulheres sofrem com cólicas e dores incapacitantes e na maioria das vezes demoram a procurar tratamento, o que agrava o problema. A maioria não sabe quais são os principais sintomas da doença, nem como são feitos o diagnóstico e o tratamento”, explica o Dr. Mauricio Abrão, especialista no assunto.

Por isso, uma pesquisa realizada neste ano pela Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) – com apoio do Grupo Bayer – busca entender qual o real cenário do nível de informação das mulheres sobre a doença no Brasil. Ao todo, foram ouvidas 10 mil mulheres com idade acima de 18 anos, em 10 capitais brasileiras, e um grupo de quase mil médicos. Os resultados serão divulgados até a próxima semana. Hoje, ainda que não haja um consenso sobre a causa da doença, já se sabe que ela afeta cerca de 176 milhões de mulheres no mundo e estima-se que sejam seis milhões só no Brasil.

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A Endometriose e Ela

Caroline Salazar tem 35 anos e apesar das fortes dores que sentia desde os 13 anos, teve a endometriose  diagnosticada há apenas 4 anos. Antes de iniciar o tratamento de maneira adequada, sofria com as dores 24 horas por dia e tinha dificuldades para andar e respirar, o que inevitavelmente impactou sua vida social com amigos ou namorados. “Em muitos casos, as pessoas não compreendem o problema e se afastam por não conseguir conviver com alguém que reclama o tempo todo de dor ou não consegue sair da cama pelo mesmo motivo. Devido às fortes dores a frequência do sexo diminui, o que a maioria dos homens não entendem achando que é apenas frescura da mulher. A endometriose é uma doença social” enfatiza Carolina.

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De paciente à blogueira, Carolina escreve o blog “A Endometriose e Eu”, atualmente uma das referências online mundial sobre o tema. “Só uma mulher que sofre com a endometriose sabe o tamanho da dor que sente. A cólica causada pela doença é diferente de uma cólica menstrual, pois pode vir acompanhada de ardência nas pernas, dores na coluna lombar, diarreia, vômitos, tonturas e desmaios” explica a blogueira. E se emociona: “Por muitos anos eu não consegui usar calça jeans. A minha maior vitória foi quando consegui colocar a minha calça, que estava guardada há quase sete anos”. O post completo da experiência pode ser visto aqui.
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Há ainda vários posts relevantes em seu blog, como um onde ela questiona o fato de chamarem a endometriose de uma ‘doença moderna’, aqui, ou ainda quebrando um tabu e falando como são as fezes de quem tem endo, aqui.

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Marcha Mundial Contra a Endometriose

No dia 13 de março acontece pela primeira vez no Brasil, a Marcha Mundial Contra a Endometriose, (Milhões de Mulheres Marchando contra a Endometriose), quando pessoas de 53 países sairão. No Brasil, a concentração principal será em Brasília, em frente à Catedral Metropolitana, seguindo rumo ao Congresso Nacional. A marcha também acontece em São Paulo, com concentração no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, e segue rumo à Assembleia Legislativa, na região do Parque do Ibirapuera. Salvador, Vitória, São Luis, Belém, Campo Grande, Cuiabá, Porto Alegre também participarão da manifestação.

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Corrida W Run

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Para conscientizar a população sobre a importância de conhecer e identificar a doença, no dia 16 de março acontece a tradicional Corrida W RUN, em São Paulo, com apoio da Bayer. A corrida, que já está em sua 13a edição, também será temática pela primeira vez, com o tema “W RUN Contra a Endometriose”. O evento, com percursos de 4 km ou 8 km, terá a participação esperada de 6.000 mulheres. Já no Rio de Janeiro, a corrida acontece no dia 27 de abril. Faça sua inscrição aqui.

Veja algumas fotos do evento ano passado:

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Esperamos que esse post seja útil e tenha sanado algumas dúvidas e mitos a respeito dessa doença social, e parabéns Carolina, pelo seu blog e pela iniciativa de compartilhar tantas experiências relevantes.

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