Essa é provavelmente a primeira e a última vez que o saxofonista Dan Fabbio, de 25 anos, fez uma performance numa cama de hospital. Fabbio tocou seu saxofone enquanto era operado de um tumor cerebral benigno, que começou a crescer na infância e poderia comprometer sua habilidade musical.
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“Ele tocou com perfeição e, quando ele terminou, toda a sala de operação entrou em erupção em aplausos”, disse Elizabeth Marvin, professora de teoria da música na Universidade de Rochester, em um comunicado.
Os médicos precisavam saber exatamente onde a informação musical era processada no cérebro de Fabbio, para que pudessem mapeá-la. Isso foi possível depois que Marvin juntamente com um professor do Departamento de Cérebro e Ciências Cognitivas da Universidade de Rochester realizou uma série de testes musicais para que Fabbio pudesse tocar seu instrumento dentro de uma máquina de ressonância magnética.
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Esse tipo de procedimento consegue detectar as alterações nos níveis de oxigênio, revelando as partes do cérebro que foram ativadas. Durante os testes, Fabbio ouviu e executou uma série de melodias curtas. Ele também realizou exercícios de linguagem, onde identificava objetos e repetia frases.
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Durante a cirurgia, o Dr. Web Pilcher usou o mapa do cérebro desenvolvido pelo professor Brad Mahon para guiá-lo. Fabbio repetiu os exercícios de melodia e linguagem para que a professora de teoria da música pudesse indicar aos cirurgiões se eles haviam encontrado ou não uma área do cérebro que interrompeu o processamento da música.
Os médicos precisavam saber se eles conseguiriam preservar a habilidade do músico enquanto realizavam a cirurgia. Então, eles pediram para Fabbio tocar o instrumento durante o procedimento. Marvin escolheu uma canção popular coreana que poderia ser tocada com respirações curtas e menos profundas. Fabbio executou a música com perfeição.
A cirurgia foi realizada para proteger o córtex de áudio primário e outras partes do cérebro do músico, que poderiam afetar sua capacidade de tocar música. Manter pacientes acordados e pedir que eles realizem tarefas pode ajudar os médicos durante procedimentos delicados.
É curioso, mas essa não é a primeira vez que um músico ficou acordado durante uma cirurgia no cérebro. Em 2015, um brasileiro tocou em seu violão a música “Yesterday”, dos Beatles. O músico Anthony Kulkamp Dias, na verdade, tocou seis músicas, embora estivesse com mão direita fraca, já que os médicos estavam operando esse lado do cérebro. O tipo de tumor de Dias não foi revelado, mas os sintomas indicavam que o tumor poderia piorar progressivamente. Alguns sintomas comuns de tumores cerebrais incluem alterações mentais e fortes dores de cabeça.
Confira:
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Foto: YouTube/Reprodução
[Nota da Redação]
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