Se esse fosse o último ano da sua vida, como você escolheria vivê-lo?

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Tem um ditado que diz que a vida é boa pra quem gosta dela. E Zach Sobiech foi uma dessas pessoas, mesmo tendo todos os motivos para se revoltar com ela.

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Com 14 anos, ele foi diagnosticado com Osteossarcoma, um raro tumor maligno que ataca os ossos e que costuma aparecer em crianças. Durante seu tratamento, ele fez 10 cirurgias e 20 sessões de quimioterapia.

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Em março de 2012, os médicos disseram que não havia mais o que fazer e que ele só teria mais um ano de vida. Ele então se viu tendo que responder uma complexa pergunta que precisava de uma resposta rápida: como usar seu último ano de vida? Diante dessa situação, há duas opções: desistir e passar o resto dos dias sofrendo e se perguntando porque isso tinha que acontecer com você; ou seguir em frente e viver os seus últimos dias da melhor forma. Zach ficou com a segunda opção.

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Ele resolveu investir pesado na sua maior paixão – a música. E correu, porque o tempo era curto. Se juntou com a amiga de infância, Samantha Brown, e gravou o seu primeiro álbum, Fix Me Up, lançado no começo de 2013.

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O garoto gravou um vídeo com a música “Clouds” que rapidamente se tornou viral no Youtube, chegando a 6 milhões de visualizações:

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Eis um trecho da música livremente traduzido:

We could go up, up, up (nós poderíamos ir pro alto, alto, alto)
And take that little ride (e dar aquele passeio)
And sit there holding hands (e sentar aqui dando as mãos)
And everything would be just right (e tudo ficaria bem
And maybe someday i’ll see you again (e talvez algum dia eu te verei de novo)
We’ll float up in the clouds and we’ll never see the end (vamos flutuar nas nuvens e nunca veremos o fim)
And we’ll go up, up, up (e iremos pro alto, alto, alto)
But i’ll fly a little higher (mas eu vou voar um pouco mais alto
We’ll go up in the clouds because the view is a little nicer (vamos por cima das nuvens, porque a vista de lá é melhor)
Up here my dear (porque aqui, meu amor)
It won’t be long now, it won’t be long now (não vai durar muito, não vai mais durar muito)

Vários artistas e celebridades se inspiraram com a história do mais novo e talentoso cantor dos EUA, e gravaram versões cover da sua música de despedida:

20 de maio de 2013 foi o último dia de Zach na Terra. Antes disso, o pessoal do canal SoulPancake gravou um documentário chamado “My Last Days” no qual os últimos momentos de vida de Zach foram retratados. Ao invés de encontrar um adolescente amargurado, as cenas que vemos nos mostram uma pessoa feliz, alegre, um tanto quanto emotiva diante da situação, mas sempre com um brilho nos olhos e uma vontade de aproveitar da melhor forma a dádiva da vida.

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“Meu nome é Zach Sobiech. Tenho 17 anos. Me disseram que eu tenho poucos meses de vida. Mas eu ainda tenho muito trabalho a fazer. Eu quero que todo mundo saiba: você não precisa descobrir como vai morrer. Apenas comece a viver.”

Talvez você esteja se perguntando porque essa história veio parar aqui no Hypeness, um site que fala de inovação e criatividade – porque, pra gente, o conceito de inovação também se estende para a vida, e Zach exemplifica isso muito bem. Numa situação na qual ele teria todo o direito de se colocar como vítima, ele resolveu fazer diferente e inovou na forma de enfrentar uma doença tão cruel. Acelerou o quanto pode pra deixar a sua marca, pra perseguir o seu sonho, pra passar o seu recado pro mundo. Encarou a doença de uma forma nova, e definitivamente conseguiu inspirar muitas pessoas. O mundo precisa de mais pessoas como Zach.

(Duas horas depois que Zach se foi, o single Clouds ficou em primeiro lugar no iTunes americano.)

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 E você, está esperando o que pra perseguir o seu sonho?

(uma organização foi criada pela família de Zach para arrecadar fundos para crianças com câncer. Você pode doar aqui.)

Fonte: Hypeness

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1 COMENTÁRIO

  1. Perdi meu pai para o câncer na última sexta-feira. Ele também encarou a doença da mesma forma que o Zach. No sábado escrevi um texto sobre o Zé (como eu o chamava nesses últimos anos), e um dos parágrafos é como segue: 
    “Há
    aproximadamente 7 anos veio o diagnóstico do câncer. Apesar de todo o
    sofrimento, mal eu sabia que ele estava prestes a nos dar sua última – e
    talvez maior – lição. O Zé não se deixou abater, ele passava 1, 2 dias
    após a quimio se recuperando, mas nos outros dias tocava a vida como se
    nada demais estivesse acontecendo – porque, de fato, NÃO ESTAVA. Ele
    encarou esse desafio com naturalidade, mesmo sabendo que estava
    praticamente fadado a perder. Ele ia e voltava do hospital mas
    continuava administrando suas reformas em casa e nas kitinetes que
    construiu. Há mais ou menos um mês ele disse que não tinha medo de
    morrer, e sua atitude nesses últimos anos só comprovava o discurso. Da
    última vez que o visitei na UTI, há uma semana, ele ainda fez piada,
    mesmo estando no oxigênio e visivelmente abatido e cansado. Em suma, ele
    encarou a morte como o oposto do nascimento, e não da vida; um processo
    natural e inevitável. A vida é pra VIVER, não pra lamentar. Não há
    tempo pra se lamentar…”
    É uma pena que várias pessoas precisem passar por essa experiência para dar valor às coisas simples da vida. Temos tanto a aprender com os outros… É só abrir os olhos e VER, com o CORAÇÃO…

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