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Após desabafo, seguidores compram todos os doces e ajudam jovem a pagar o aluguel

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Essa é mais uma daquelas histórias que têm um final feliz quando a internet é usada para o bem! O episódio ajudou a conhecer um pouco mais a história de superação (!) de Karine Oliveira Silva, 23 anos.

No último domingo (10), segundo dia de provas do Enem, Karine preparou dezenas de brigadeiros para vender na porta de um colégio de Goiânia (GO). O dinheiro das vendas serviria para pagar o aluguel da casa onde ela está morando.

Mas Karine saiu de lá sem ter vendido nenhum brigadeiro. Triste, ela fez uma postagem no Twitter relatando a sua frustração, e foi aí que dezenas de pessoas decidiram ajudá-la encomendando seus deliciosos brigadeiros e até doando dinheiro. ?

“Postei no Twitter a mensagem pra compartilhar com os amigos, já que eu tenho poucos seguidores, seria algo ‘normal’. Fiz o post, deixei o celular de lado e quando eu vi não acreditei no que estava acontecendo, 600 pessoas tinham dando RT e 700 tinham curtido, daí esse número só aumentou e hoje chegou a 24k de RT e 47k de curtidas. Era inacreditável, eu quase morri do coração, achei que ia explodir“, comentou Karine.

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Depois da postagem, muita gente começou a se mobilizar nos comentários para ir comprar os doces. Outras pessoas fizeram encomendas e algumas pediram o número da conta bancária de Karine para fazer doações. Teve até gente que pagou para que Karine fizesse brigadeiros para doar para moradores de rua. Que atitude! A onda de bondade adoçou a vida de outras pessoas, além de Karine. ?

Karine precisava do dinheiro para pagar aluguel e para ajudar a família

Karine estava sem dinheiro para pagar o aluguel da casa onde ela mora com a sua esposa porque havia emprestado o valor para a mãe pagar o plano de saúde da irmã mais nova, que mora em outra cidade, onde faz faculdade.

“Sem pensar duas vezes entreguei o dinheiro e pensei comigo: ‘que Deus me abençoe nas vendas domingo pra pagar o aluguel’. Eu não vendi nenhum bombom, nem pra falar ‘vendi pelo menos 1’, cheguei na casa da minha mãe muito triste, mas não queria demonstrar, afinal, ela nem sonhava que eu tinha tirado o dinheiro do aluguel pra pagar o plano de saúde“, lembra.

Foi então que ela teve a ideia de fazer a postagem e, de lá pra cá, Karine já vendeu mais de 200 brigadeiros.

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Brigadeiro de cacau 33% com castanhas, óreo e cacau 50%…. Qual você prefere? ?? Ficou em dúvida? Faça sua encomenda e peça um de cada!!! ?

Uma publicação compartilhada por Doces da Olivetto | Karine O. (@docesdaolivetto) em 29 de Out, 2019 às 1:43 PDT

“O que eu posso dizer é: EU ESTOU MUUUUITO FELIZ, tô impressionada como existem pessoas que fazem o bem, que querem o nosso bem, que ajudam de verdade, acredito que a palavra-chave de tudo que recebi foi ‘EMPATIA’. Eu ainda estou sem acreditar, mas imensamente GRATA e feliz, correndo com encomendas, sem dormir, me desdobrando, mas está valendo a pena e essas pessoas começaram algo muito grande que ainda está por vir“, disse Karine.

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Ela já foi convidada para dar entrevistas em emissoras de TV local e o perfil do negócio no Instagram está bombando, UHUUU!

Jovem ajuda a mãe desde criança e continua batalhando pra melhorar de vida

Karine perdeu o pai quando tinha dois anos de idade. A irmã mais velha foi criada pelo avô e três anos depois chegou a irmã mais nova. A mãe de Karine era quem dava duro como professora de escola pública para manter a casa. A jovem sempre foi o braço direito da mãe para superar as dificuldades financeiras.

Começamos a passar necessidades ao ponto de comer arroz, ovo e farinha

A mãe ficou quatro meses sem receber os salários de professora. “Começamos a passar necessidades ao ponto de comer arroz, ovo e farinha“, relembra Karine. Ela então saiu da escola e passou a vender planos de saúde.

Aos 15 anos, Karine começou a ajudá-la panfletando na rua. Depois, trabalhou como telefonista, ligando e oferecendo planos de saúde. Trabalhou em um shopping enquanto ainda cursava o Ensino Médio, até arrumar um emprego numa empresa de certificação digital. Entrou como telefonista, virou analista de validação Júnior, analista de validação Pleno, analista de validação Sênior e, por fim, supervisora.

Com a ajuda de Karine, a família teve conquistas importantes, como a compra de um apartamento. Nesse intervalo de tempo, a irmã mais velha foi morar com a família e a mais nova entrou para a faculdade em Goiás Velho. “Ali começou mais um sufoco pra pagar as contas e realizar o sonho dela, levantar dinheiro pro aluguel, pra comprar os utensílios domésticos. De lá pra cá tudo apertou mais”, lembra.

Em março deste ano, Karine conseguiu comprar um carro popular graças a uma pessoa que emprestou R$ 6 mil para a entrada do financiamento, cujo valor ela ainda não pagou totalmente. Em julho, ela se casou e as despesas aumentaram porque ela se mudou com a esposa para uma casa alugada. Foi então que Karine começou a vender os brigadeiros em Goiânia.

Leve pausa para apreciar a delicadeza desses docinhos! ?

Sempre tive esse lado meu ’empreendedor’, nunca me contentei com pouco, mesmo ouvindo dizer que o certo era ter segurança no emprego, estabilidade, essas coisas nunca fizeram meu tipo, sempre fui movida por DESAFIOS”, finalizou.

Quanta luta, Karine! Continue firme e siga adoçando a vida das pessoas!

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