Ainda na ativa, a tenista norte-americana Serena Williams é considerada uma das maiores atletas de todos os tempos, vencedora de incríveis 23 torneios de Grand Slam.
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Em 2017, à época com 35 anos, a tenista deu à luz uma menina, Alexis Olympia, após uma gravidez relativamente tranquila. Infelizmente surgiram complicações graves no pós-parto que quase comprometeram sua vida.
Após a cirurgia de cesariana, a frequência cardíaca dela caiu perigosamente, fazendo-a desmaiar. Nos dias subsequentes ao parto, Serena sentia falta de ar. Uma tomografia computadorizada revelou que ela estava com múltiplos coágulos sanguíneos em seus pulmões.
A embolia pulmonar desencadeou tosses desenfreadas na atleta, fazendo com que sua incisão na barriga reabrisse. Os médicos a reencaminharam à sala de cirurgia, onde fecharam novamente o corte e inseriram um filtro na veia principal de ligação aos pulmões, impedindo a formação de mais coágulos.
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Uma semana depois de tanta luta, Williams deixou o hospital, ficando de repouso em casa por um mês.
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Mortalidade materna no Brasil
A dramática história do parto de Serena está longe de ser incomum.
A taxa de mortalidade materna no Brasil – que ocorre durante a gravidez, parto ou até um mês e meio após o procedimento operatório – é um dos piores índices de saúde do nosso país, dez vezes maior do que nos países desenvolvidos.
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Para se ter uma ideia da gravidade do problema, em 2016 ocorreram 1.670 mortes maternas em nosso país, o que representa 58 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. Em países desenvolvidos como Polônia, Suécia, Itália, Noruega e Japão, a taxa é menor que 6 para cada 100 mil. Curiosamente, os EUA têm a maior taxa de mortalidade materna no mundo desenvolvido.
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As principais causas de morte materna no Brasil são a hipertensão, as hemorragias, as infecções e o aborto, consideradas causas maternas diretas e evitáveis. Um cenário incompatível com o nível econômico do país e o acesso universal ao pré-natal e parto hospitalar. O mais agravante, no entanto, é que segundo o Ministério da Saúde, a mortalidade materna é evitável em 92% dos casos.
A angustiante história de Serena é notória porque lança luz à disparidade racial na qualidade, disponibilidade e acessibilidade dos cuidados perinatal e pós-parto para as mães negras, em especial, nos Estados Unidos.
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Ciente disso, a tenista criou a “Serena Ventures”, uma ONG de apoio aos cuidados perinatais e pós-parto para mães negras e seus bebês, com investimento inicial de US$ 3 milhões (R$ 12 milhões).
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A entidade filantrópica atuará por meio de um sistema que oferece acesso a uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, especialistas, doulas, assistentes sociais e consultores de lactação 24 horas por dia durante os 7 dias por semana.
“Acredito que é absolutamente essencial investir em soluções que ajudem a proteger a vida de mães e bebês”, disse Serena Williams em nota à imprensa.
A expectativa da ONG é atender, ainda neste ano, cerca de 10 mil mulheres grávidas.
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Fonte: Revista Crescer/Fotos: Reprodução/Instagram
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