“Cantar e fazer o paciente sorrir é o melhor remédio. Ele esquece da dor, gera endorfina e cria empatia por você, por mais que saiba que vai sofrer.”
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Essa é a receita do enfermeiro brasiliense Flávio Vitorino Costa no trabalho que desenvolve todos os dias no Samu.
Há 34 anos na enfermagem, ele se entrega completamente à rotina entre hospitais e ambulâncias, prestando auxílio a dezenas de vidas todos os dias. Para reduzir o sofrimento e a dor dos pacientes que atende, ele descobriu na música sua principal aliada. De modo a facilitar as operações e procedimentos médicos, por vezes doloridos, Flávio canta para distrair seus pacientes.
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No final do mês passado, o enfermeiro foi convocado para socorrer um idoso de 87 anos com suspeita de infarto. Durante o atendimento, o senhor disse que gostava de bolero, mas que não conseguia se lembrar de nenhum, por ter Mal de Alzheimer.
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“Então eu cantei pra ele me acompanhar.”
Gradualmente o idoso se lembrou da música e o vídeo gravado dos dois cantando juntos foi parar nas redes sociais, onde rapidamente viralizou entre os internautas, alcançando 2,8 milhões de visualizações.
Flávio trabalhou no Hospital Regional de Sobradinho por 16 anos, entre 1992 e 2008. Após esse tempo, passou a integrar o quadro de socorristas do Samu no Distrito Federal.
Ele costuma cantar para os pacientes logo pela manhã, quando começa a trabalhar. “Eu cantava para acordar todo mundo, tipo uma alvorada festiva.”
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“O que as pessoas achavam que era exceção, na verdade é a regra. Faço tudo para humanizar o atendimento, trazer pra junto, diminuir o sofrimento. Canto, brinco, conto uma piada.”
Hoje com 55 anos, o enfermeiro rastafari é formado em atendimentos de emergência, sendo um especialista reconhecido na área. Além de tudo isso, é um músico apaixonado.
Filho de pais cantores, Flávio já cogitou seguir carreira artístico, mas foi desencorajado pelo próprio pai. “Antigamente, levar uma vida de artista, vida boêmia, não era algo muito bem visto. Ele não queria que eu acompanhasse as coisas dele, mas a música sempre esteve na minha vida.”
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Assim, o aspirante a cantor mergulhou de cabeça na área da saúde, mas ainda se dedica à música nas horas vagas. Ele atua como diretor da bateria da Escola de Samba Aruc, do Cruzeiro.
Para o enfermeiro, a música tornou-se uma forma de aliviar o próprio estresse. Além de aliviar a carga emocional dos pacientes que atende, as melodias que entona acaba por revigorar à ele mesmo.
“A gente vive numa espiral psicológica muito forte. O tempo inteiro vê gente morrendo, crianças sofrendo, a gente vê o que tem de melhor e de pior no ser humano. Faz um parto, mas vê um idoso ser maltratado e isso te abala, claro.”
“Para não trazer, pra minha vida particular, as mazelas que vejo e não levar as minhas para o Samu, eu faço da música minha válvula de escape.”
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Fonte: SNB
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