População ajuda mais de 50 tartarugas marinhas que não conseguiam ir para o mar (CE)

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Tartaruga marinha filhote indo em direção ao mar pela primeira vez e Voluntários cavando areia para desenterrar ovos de tartarugas marinhas

Toda vez que nasce uma ninhada de tartarugas marinhas é um espetáculo assistir à travessia delas do ninho até adentrar ao mar sem fim. Mas apesar de um momento tão bonito proporcionado pela natureza, o perigo é grande para as bichinhas.

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São muitos carros passando pelas praias, o que coloca em risco a vida das filhotes. No Estado do Ceará, um levantamento do Instituto Verdeluz identificou que dezenas de tartaruguinhas morrem anualmente nessa travessia. É literalmente uma travessia pela vida que elas enfrentam.

Mas na Praia do Cumbuco, no Ceará mesmo, cerca de 70 delas tiveram a sorte de encontrar uma população disposta a ajudar nesse processo, inclusive ajudando as mais de 50 bebês tartarugas que estavam perdidas e que tinham saído do ninho numa direção contrária ao mar. Isso acontece porque elas utilizam a luz da lua para se guiar e as luzes dos postes a atrapalham nessa caminhada para o primeiro mergulho.

Tartaruga marinha filhote indo em direção ao mar pela primeira vez
Foto: Deborah Lilienfeld

“É raro passarmos por um momento assim em nossas vidas: poder testemunhar a maravilhosa marcha das tartarugas marinhas até o mar. A emoção e a esperança eram palpáveis ​​no ar. Esses residentes haviam estado no sol o dia todo em uma busca frenética para encontrar tartarugas marinhas desorientadas”, relatou a economista Deborah Lilienfeld.

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Voluntários cavando areia para desenterrar ovos de tartarugas marinhas
Voluntários fizeram caçada a tartarugas perdidas. Foto: Deborah Lilienfeld

Nos Estados Unidos, voluntários resgataram mais de 800 filhotes de tartarugas marinhas presos em bueiros

Elas nasceram nos últimos dias e as pessoas interromperam a passagem dos carros, criaram um caminho na areia e redirecionaram as tartarugas para elas passarem com tranquilidade pelo local até chegar à água com segurança. O pessoal também espalhou o alerta pelas redes sociais. Infelizmente algumas foram esmagadas pelos veículos que não obedeceram à sinalização, mas muitos motoristas conscientes fizeram seu papel.

Tartarugas marinhas filhote indo em direção ao mar pela primeira vez
Tartarugas estavam perdidas. Foto: Deborah Lilienfeld

“Eu vi esta pequenina e me senti tão mal que estava perdida. Eu tive que pegá-la e ajudá-la a chegar ao mar. Então, logo em seguida, enviei o vídeo no meu grupo de WhatsApp de quadriciclo e vi a mensagem nos alertando para ter cuidado. Fiquei feliz por ter conseguido salvar essa aqui”, contou um condutor de quadriciclo.

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Tartaruga marinha filhote indo em direção ao mar pela primeira vez
Foto: Deborah Lilienfeld

“E apesar das ameaças da pandemia, a gente ainda sai em busca dos ninhos, se senta na areia para contar os ovos, e ainda faz brincadeira com as crianças. Que maneira divertida de fazer a conservação conquistar o coração das pessoas”, disse Deborah. E as crianças adoraram mesmo ajudar e se divertiram bastante.

A Tartaruga Verde é da espécie Chelonia mydas, ameaçada globalmente de extinção, de acordo com a lista vermelha de espécie da IUCN. O projeto Interpesca, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, realiza o monitoramento das tartarugas marinhas de toda a região do Mucuripe ao Pecém.

O projeto também é apoiado pela Winds for Future, que tem vários trabalhos legais no Cumbuco. Vida longa às tartaruguinhas e muita gente boa no caminho delas.

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