Joseildo Batista é técnico de enfermagem e trabalha na unidade de referência para pacientes com coronavírus em Campina Grande (PB). Ele estava dormindo no terraço de casa para não correr o risco de infectar a mãe idosa.
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Nós postamos a história do Joseildo para que ele pudesse alugar um apartamento ou hotel e, em apenas um dia, a vaquinha da VOAA bateu a meta e chegou em mais de 270%, mais de R$ 34 mil.
E o mais importante: Joseildo já está hospedado em um hotel da cidade. A Secretaria de Saúde disponibilizou um quarto para que ele pudesse ficar e também abriu vagas para outros profissionais de saúde que estejam em situação parecida.
Com o dinheiro da vaquinha, o técnico de enfermagem quer reformar sua casinha e ainda comprar cestas básicas para as pessoas do bairro onde mora, além de asilos nos quais já trabalhou.
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“Eu só quero agradecer por tudo o que fizeram por mim. Não imaginava que teria essa dimensão tão grande, da vaquinha, das mensagens de apoio, do suporte da prefeitura”, disse Joseildo.
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Técnico de enfermagem vive com seis pessoas em casa de dois cômodos
A história de Joseildo, ou simplesmente Ildo, chamou atenção pela situação que ele estava enfrentando. Na casa em que ele mora vivem também mais cinco pessoas: duas irmãs, duas sobrinhas e a mãe dele, que tem 73 anos, é asmática, hipertensa e cardíaca e sofreu um infarto há um mês.
“A médica informou que os casos vão aumentar e não posso ficar em casa”, disse ele. Sem dinheiro, a saída encontrada foi improvisar uma cama no terraço da casa, na frieza.
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Ildo recebe R$ 946,00 mensais pelo trabalho como técnico de enfermagem. A renda é para ajudar em casa, se manter e ainda pagar a pensão do filho de 7 anos. Com tantas despesas, ele não teria condições de alugar o quarto.
Ele ainda trabalha como segurança para complementar a renda. Para ir ao trabalho, Ildo vai a pé. E para evitar levar a possibilidade de levar o vírus pra casa, ele estava tomando banho na própria unidade onde trabalha.
Agora ele vai poder fazer isso no hotel, que fica perto da casa onde ele mora.
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Pessoas estão mandando mensagens e ofertas de doações
Sabe o que é mais legal de tudo isso? A corrente de empatia e solidariedade que se formou. Mesmo com o recurso garantido através da vaquinha para dar mais conforto a Joseildo, dezenas de pessoas seguem entrando em contato com ele oferecendo ajuda.
“Um empresário me ligou querendo pagar seis meses de aluguel em um apartamento. Outras pessoas mandam mensagem querendo dar dinheiro. Eu agradeço, digo que tudo está resolvido, peço que orem por mim e que usem essa oferta para ajudar outros”, disse.
Com o dinheiro da vaquinha, ele quer comprar cestas básicas para as pessoas do bairro onde mora, já que ele já está abrigado, além de reformar a sua casinha.
“Não sei como vai ficar daqui pra frente a situação, então quero ajudar outras pessoas assim como fui ajudado. Tem instituições de caridade onde atuei que queria ajudar também”, disse.
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Ildo teve infância muito pobre, já foi modelo e jogador de futebol
A história de Joseildo veio à tona só agora, mas ele é literalmente um guerreiro há muito tempo. É um gigante na profissão que atua e na vida. Não à toa tem 2 metros de altura e já foi goleiro de times como Vitória da Bahia, Sport, Santa Cruz e Campinense.
“Alimentei o sonho de ser jogador de futebol, de ser modelo, mas tive que voltar pra realidade e trabalhar para ajudar minha família“, disse.
Dona Sofia criou Joseildo e os outros quatro filhos numa casa construída num terreno invadido. “Ela fez de tudo para não deixar faltar comida, já pedimos dinheiro na rua, e hoje eu tento retribuir”, relatou.
“Ele é um filho muito bom, cuida muito bem de mim, trata com carinho, me leva nos hospitais e infelizmente por causa dessa doença a gente tá tendo que ficar separado“, disse sorridente a dona Sofia.
É essa a história de Ildo, assim como tantos outros profissionais da saúde neste país.
Ildo é um desses heróis que a pandemia nos permitiu conhecer.
Se você ainda quer ajudar a causa do Ildo, clique aqui e doe!
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