Você conheceu o técnico de enfermagem Joseildo Batista, de 33 anos, aqui no Razões para Acreditar, depois que a história dele viralizou pelo fato dele dormir no terraço de casa para não infectar a mãe idosa, que é asmática, hipertensa e tem 73 anos.
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E após quase um ano, olha que notícia maravilhosa! ❤️ Hoje, ele foi o primeiro a receber a vacina na sua cidade, em Campina Grande (PB). Ildo representou todos os profissionais de saúde que estão trabalhando no tratamento de pacientes com a Covid-19, que formam o primeiro grupo a ser imunizado.
“Nós que trabalhamos na linha de frente, vimos muitas vidas se perderem. A vacina traz esperança pra todos nós. Agora nós profissionais vamos trabalhar um pouco mais tranquilos”, disse o auxiliar de enfermagem.
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Ildo disse que só pensava na mãe, Dona Sofia, enquanto recebia a vacina. “É uma sensação de alívio e gratidão, por ter atravessado tudo isso. Eu queria que a primeira pessoa vacinada fosse a minha mãe, mas o momento dela vai chegar“, disse.
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“Faz quase um ano que não abraço a minha mãe”
A grande esperança de Ildo agora é que ele possa voltar a ter o contato que sempre quis com a sua mãe.
“Assim que eu tomar a segunda dose, primeira coisa que vou fazer é dar um abraço e um cheiro nela bem grande”, brincou Ildo.
Desde o início da sua história, muita coisa aconteceu. Depois que mostramos a sua situação, ele foi hospedado pela Secretaria de Saúde de Campina Grande em um hotel para poder ficar distante de casa, com segurança, e proteger a sua mãe.
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Ildo contraiu o vírus em junho do ano passado
Mas, atuando na linha de frente da Covid-19, ele acabou contraindo o vírus em junho, ficou em isolamento e, depois de adquirir a imunidade, retornou para casa.
“A minha vontade era me recuperar o quanto antes pra poder voltar a ajudar os pacientes e os meus companheiros de trabalho”, relembra.
Nesse intervalo de tempo, fizemos uma vaquinha do VOAA e os quase R$ 50 mil arrecadados com a campanha foram suficientes para ele reformar a casa de dois cômodos da mãe, onde mora com ela, duas irmãs e duas sobrinhas.
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Com a reforma, todos puderam se acomodar com mais segurança. Mas ele continuou sem contato próximo com Dona Sofia. Agora, as coisas devem voltar ao normal.
Com a vaquinha, ele reformou sua casa e ajudou dezenas de famílias e colegas do trabalho
Antes da pandemia Ildo dormia no quarto com a mãe e teve que ir para o terraço, numa cama improvisada. Com a reforma, a casa foi toda melhorada e agora ele tem um quarto só para ele.
“Eu só tenho que agradecer e muito a todos vocês do Razões, todas as pessoas que ajudaram com a vaquinha, a Secretaria de Saúde que me apoiou, porque se não fosse por vocês talvez a minha mãe tivesse sido infectada e não estivesse mais aqui com a gente“, disse.
E com o dinheiro da vaquinha, Ildo ainda ajudou o primeiro abrigo de idosos onde trabalhou, comprou comida para pessoas na rua, comprou ração para animais abandonados e ajudou várias pessoas da sua comunidade. Olha o tanto de gente que ele ajudou:
Ele é demais! Tanto que foi parar em uma homenagem do programa Fantástico, da Rede Globo.
Técnico de enfermagem tem história de vida de muita luta
Essa não é a primeira grande batalha de Ildo. Ele teve uma infância muito pobre, já pediu dinheiro nas ruas, já tentou ganhar a vida como jogador de futebol, e até como modelo.
Ildo recebe R$ 946,00 mensais pelo trabalho como técnico de enfermagem. A renda é para ajudar em casa, se manter e ainda pagar a pensão do filho pequeno. Ele ainda trabalha como segurança para complementar a renda.
“Ele é um filho muito bom, cuida muito bem de mim, trata com carinho, me leva nos hospitais e infelizmente por causa dessa doença a gente tá tendo que ficar separado“, disse sorridente dona Sofia.
Mas isso vai mudar em breve, Dona Sofia!
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