Pesquisadores alemães estão desenvolvendo uma vacina que ajuda o sistema imunológico a lutar contra células cancerosas. De acordo com o artigo publicado na revista científica Nature, os resultados da primeira fase de testes foram promissores e não apresentaram efeitos colaterais.
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O imunizante foi utilizado em pacientes com glioma difuso, um tipo de câncer que se espalha pelo cérebro e é extremamente difícil de ser removido em sua totalidade. Outros tipos de tratamento, como a quimioterapia ou a radioterapia também tem efeitos limitados.
A publicação também destaca que mais de 70% dos pacientes com este tipo de câncer tem uma mutação de gene similar, tornando possível a produção de uma vacina que evite a proliferação do giloma difuso.
Um erro específico no DNA causa a criação de uma enzima chamada neo-epitope, que posteriormente é reconhecida pelo sistema imunológico como corpo estranho.
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Segundo o site Good News Network, os cientistas iniciaram os testes anos atrás em ratos com uma mutação artificial da proteína IDH1, similar a encontrada nestes tipos de câncer. Após a aplicação do imunizante, as células cancerosas pararam de crescer, indicando uma eficácia preliminar da vacina.
Testes em humanos apresenta alta taxa de sucesso
Após o resultado positivo nos testes com ratos, o diretor médico do Departamento de Neurologia da Universidade de Medicina de Mannheim, chefe da Divisão de Pesquisa Alemã do Câncer e diretor do estudo, Michael Platten, ganhou o Prêmio Alemão do Câncer.
O passo seguinte para ele e sua equipe foi iniciar o teste em 33 pacientes de diferentes centros de tratamento para câncer na Alemanha. Destes, 30 apresentaram resposta imunológica à vacina. Grande parte dos pacientes sofreu um “pseudo-progresso” com células imunizantes atacando o tumor.
Iniciado em 2018, os estudos apontam que 84% dos pacientes vacinados sobreviveram ao câncer, enquanto 63% do pacientes não sofreram sequer crescimento do tumor durante este período. Dentre os estudados que tiveram respostas específicas do sistema imunológico, 82% não apresentaram progressão da doença.
“Nós não podemos tirar qualquer conclusão precipitada sobre a eficácia da vacina deste estudo em fase inicial sem um grupo de controle”.
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“A segurança e o grau de imunização da vacina foram tão convincentes que vamos continuar perseguindo o conceito da vacinar em uma fase I avançada dos estudos”, explicou Platten.
Outros avanços na luta contra o câncer
Já pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, realizaram uma nova descoberta sobre o globlastoma, um dos tipos mais agressivos e comuns de câncer. Segundo eles, uma falha incomum no sistema imunológico pode ser a grande responsável pela disseminação das células cancerosas.
A falha aumenta a disseminação da proteína P-Selectina, causando o câncer no cérebro. A boa notícia é que estes pesquisadores conseguiram inibir a secreção desta proteína, restaurando a atividade normal do sistema imunológico.
Voltando às vacinas! Equipes da Universidade de Harvard (EUA) conseguiram desenvolver uma vacina personalizada contra o câncer de pele melanoma. Apesar de não ter capacidade de ser replicado em grandes escalas, o imunizante continuou produzindo anticorpos naqueles que receberam suas doses.
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Batizada de NeoVax, o imunizante atua junto ao corpo na criação de células T antitumorais, específicas para o tumor de cada paciente. Estas células T auxiliam o sistema imunológico a desenvolver imunidades de longo prazo contra doenças autoimunes e inflamatórias.
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