Vaquinha para mãe e filha que tiveram barraca de salgados destruída por transfóbico bate meta de R$ 47 mil

Quando descobrimos a história de Dona Raimunda e Iris, mãe e filha de Feira de Santana (BA) que tiveram sua barraca de salgados quebrada por um homem transfóbico, decidimos criar uma vaquinha para ajudá-las.

E não deu outra! A campanha foi um sucesso, arrecadando R$ 47.349,00 através das doações de 1.171 transformadores.

Graças a essa corrente do bem, Dona Raimunda e Iris vão poder recomeçar a vida e ter como se sustentarem novamente! Ouça o áudio dela emocionada e convidando nosso time a ir visitá-las em breve: ?

Com os recursos da vaquinha, mãe e filha vão abrir uma lanchonete, já que após o ataque preconceituoso, a barraquinha em que vendiam seus lanches na rua foi destruída.

Para conhecer a campanha e fazer uma doação, acesse aqui.

Relembre a história

Até onde o preconceito pode chegar? Iris, mulher transgênero de 24 anos, todos os dias sofre algum ataque. Já tentou conseguir emprego em vários lugares em sua cidade, Feira de Santana (BA), mas sem sucesso. ??

Sua mãe, dona Raimunda, trabalhava na lanchonete da faculdade em sua cidade, mas com a pandemia acabou perdendo o emprego. Como cozinha muito bem, ela teve a ideia de montar uma barraquinha simples perto de sua casa para vender salgados, mingau, bolos, lanches, sucos e refri. Então Iris e sua mãe, na mesma situação, se uniram para trabalharem juntas. ??

As coisas estavam dando certo, mesmo com as dificuldades do dia a dia. Porém, perto do local da barraca, surgiu uma pessoa (segundo a família dele, com problemas de ordem psicológicas) racista, transfóbica e preconceituosa.

Ele já havia agredido Iris verbalmente antes, e há pouco mais de uma semana passou por ela e cuspiu. Mais grave ainda, depois desse ato, ele destruiu a barraca delas!!

Tudo que elas conquistaram com muito suor e de onde tiravam a renda da casa… Além disso, o homem chegou a jogar uma barra de ferro e um martelo para acertá-las!! ???

“Ele tentou pegar a mim, minha amiga e minha mãe, mas a gente correu e ele vinha o tempo todo atrás de mim. Só que, antes dele vir atrás de mim, como ele tinha jogado uma barra de ferro, que foi o que alertou a gente, logo em seguida ele jogou um martelo”, disse Iris.

A dona Raimunda acordava todo dia às 3 da manhã para montar tudo, com carinho e esperança de ter seu sustento. Agora não sabe mais o que fazer. Mesmo pego em flagrante, o homem segue solto pois, mais uma vez, segundo a família, ele apresenta problemas psicológicos. Iris, com medo, está ficando na casa de parentes. ??

“Não tem como a gente esquecer esse fato, esse ocorrido, porque foram tentativas de morte [de homicídio]. (…) Ele foi muito violento, veio com armas brancas para nos matar”, disse dona Raimunda.

Dona Raimunda e Iris sonham em ter uma lanchonete. O maior desejo da mãe é poder ter um ponto, seu próprio negócio. E graças a vocês, isso será possível!

Sabemos aqui que o ódio só se combate com amor, então faremos o melhor por elas e voltarão ainda melhor, com seu tão sonhado comércio! ❤️????

Fotos: VOAA

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