Vendedor de empada espalha gentileza nos ônibus de Belém com mensagens de incentivo aos clientes

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Quatro anos atrás, Rangel Reis ficou desempregado e precisou se reinventar. Após longos meses procurando emprego, sem sucesso, e com contas a pagar se acumulando, ele começou a vender brigadeiros nas ruas e semáforos de Belém (PA).

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Logo, os doces deram lugar às empadinhas, que fazem muito sucesso com a clientela.

Com a vida financeira estabilizada, Rangel se sentiu bastante grato com a confiança dos clientes – a maioria recorrentes, – e se tornou um agente transformador na vida deles com uma simples atitude: entregando cada produto com uma mensagem motivacional que, como ele mesmo conta, já fez a diferença no dia de muitas pessoas.

De dois anos pra cá, o vendedor de empadas conseguiu também abrir uma empresa que gera empregos e dá oportunidades para quem precisa.

Vendedor de empada espalha gentileza nos ônibus de Belém com mensagens de incentivo aos clientes
Rangel com a esposa e a sogra: negócio que começou em casa. Foto: Felipe Morais / Especial O Liberal

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Do desemprego à produção própria de empadinhas

O caminho até o posto de empresário, claro, não foi nada fácil. De início, a venda dos chocolates fracassou e Rangel precisou recomeçar.

A escolha em vender empadas se mostrou certeira, tanto que, no ano passado, ele deixou de compras os salgados prontos para começar a fabricar por conta própria na cozinha de casa com a ajuda da esposa e da sogra.

“A gente não sabia nada de como fazer. Deu tudo errado. Pensei em desistir porque não era fácil. Foi de tanto errar que nós começamos a acertar e crescer. A minha rotina envolvia vender bombons no sinal de manhã, perto do Bosque Rodrigues Alves e à tarde, entrar nos coletivos para oferecer as empadas”, relembrou.

Empreendimento com uma missão

Na tentativa e erro, nascia a “Empadas do Rangel”, que hoje emprega 7 funcionárias em uma cozinha industrial e mais de 15 funcionários na distribuição e venda dos salgados.

Para o empresário, o sucesso está diretamente ligado à missão do seu empreendimento: fazer o dia de cada cliente melhor, de alguma maneira.

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“Tudo começou a mudar quando parei de vender empada e comecei agregar algo na vida das pessoas. Quando comecei me preocupar com as pessoas em si, as coisas mudaram”, disse Rangel, que distribui as mensagens motivacionais enquanto faz as vendas, muitas delas dentro do ônibus.

Vendedor de empada espalha gentileza nos ônibus de Belém com mensagens de incentivo aos clientes
Rangel ao lado de uma cliente – que já o conhecia – e estava satisfeita com a compra da empadinha. Foto: Felipe Morais / Especial O Liberal

As mensagens já geraram momentos emocionantes ao longo dos anos. Não foram raras as vezes em que os clientes o abraçaram e choraram ao ler o textinho. “Isso não tem preço, essa simplicidade com os clientes comigo. É o que me move todos os dias”, afirmou Rangel.

“No início o negócio foi por necessidade, mas hoje, já é um propósito muito maior, de gerar novas conexões, podendo receber um sorriso do próximo”, completou.

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Atendimento diferenciado

Esses dias pra trás, a técnica em radiologia Tamara Chaves, de 42 anos, entrou no ônibus da linha Pedreira Lomas sem esperar grandes novidades.

No trajeto, foi abordada pelo vendedor e se surpreendeu com sua simpatia, bom humor e carisma.

“Estou passando por um momento difícil e não esperava que iria entrar aqui [no ônibus] e ser recebido com tanta gentileza e compreensão de alguém que não conheço. Eu precisava ler [no bilhete] que não posso desistir dos meus sonhos”, afirmou a cliente.

Vendedor de empada espalha gentileza nos ônibus de Belém com mensagens de incentivo aos clientes
Foto: Felipe Morais / Especial O Liberal

Gentileza que gera gentileza

Há quase dois anos, durante o período de isolamento social fruto da pandemia, Rangel colheu aquilo que tanto plantou nas ruas de Belém: a gentileza.

Como não conseguia ficar até tarde nas ruas da capital vendendo, ele quase perdeu 72 empadas uma vez que não teve tempo para oferecê-las, já que boa parte da população estava em casa.

Sem saída, ele resolveu fazer um desabafo em suas redes sociais, que logo viralizou. Uma pessoa enviou-lhe uma mensagem momentos depois que acabaria salvando seu negócio, que ainda engatinhava.

“Uma pessoa de São Paulo me mandou mensagem e perguntou quanto custava todas as empadas, me fez o pix com o valor e me mandou doar todos os salgados. Doei para enfermeiras de Belém que estavam na linha de frente do vírus, cuidando de pessoas internados na UTI e foi muito bacana essa solidariedade”, contou.

Quer ver mais uma história inspiradora? Dá o play!

Fonte: O Liberal

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