A equipe de vigias terceirizados que trabalham nos campi da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), reclamam de atrasos nos salários. A empresa responsável afirma que não recebe repasses da instituição há pelo menos sete meses.
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Apesar da vigilância não ter sido afetada, a UFF confirma que há dificuldades financeiras. O salário dos vigias referente ao mês de abril deveria ter sido pago no dia 5 de maio, mas só caiu na conta deles na última quinta-feira (6). Já os depósitos do vale-refeição estão atrasados há dois meses.
Boa parte dos 350 seguranças da universidade passam por dificuldades financeiras – alguns foram despejados de casa por atrasos no pagamento do aluguel, outros já relataram faltar até comida em casa.
Cientes desse problema, alunos e professores se juntaram para doar cestas básicas e até dinheiro aos vigias.
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“Você não espera que os funcionários de base, que garantem a segurança e o funcionamento da universidade, fiquem sem receber. Impactar a segurança é praticamente fechar a universidade”, disse Allan de Souza, aluno de Ciência Ambiental da UFF.
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Nos blocos da universidade há diversas mensagens e cartazes pedindo doações de alimentos para os terceirizados não passarem fome. Um dos vigias da UFF, que pediu anonimato, relatou as dificuldades que tem passado:
“Basicamente, a gente vive de ajuda dos outros. Sem salário, não tem remédio, não tem como arcar com o aluguel, não dá para fazer nada. Tive que largar tudo, a casa onde eu morava de aluguel e voltar para a casa da minha mãe. Não estava tendo condições nem o que comer.”
De acordo com o regimento geral, os vigias são responsáveis pelo patrimônio e estrutura da universidade, além da integridade física dos estudantes.
No fim de maio, num dos casos mais recentes de violência dentro das dependências acadêmicas, uma aluna denunciou ter sido estuprada.
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“Essa situação problemática, o governo federal tem imposto às universidades. Os alunos estão tendo que tomar a frente tanto da manutenção do campus quanto da manutenção da qualidade de vida básica dos vigias”, afirmou Igor Correa, aluno de Geografia da UFF.
Segundo a Croll, empresa responsável pelo pagamento dos vigias, a UFF tem débitos abertos há 7 meses. Em nota, ela afirmou que houve um “esforço interno” para efetuar os pagamentos de salários, mas que “há um enorme desequilíbrio financeiro”.
A Universidade Federal Fluminense comunicou que não há previsão para pagamento: “Não é possível estabelecer previsão, visto que a Universidade realiza seus pagamentos de acordo com as liberações de recurso realizadas por parte do Ministério da Educação”.
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Leia também: Alunos fazem rifa para ajudar professor que está há dois meses sem receber
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Fonte: G1
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