“O Brasil desperdiça mais de um caminhão cheio de sangue todo dia por puro preconceito”, diz a mensagem espalhada pelo movimento global de defesa dos direitos LGBT, All Out, pelas ruas de São Paulo.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Parte da campanha internacional #WastedBlood (“Sangue desperdiçado”, em português), circulou pela capital paulista um caminhão com centenas de bolsas de sangue penduradas.
Idealizada pela agência Africa em parceria com a empresa Truckvan, busca chamar atenção para a proibição de que homens gays e bissexuais sejam doadores de sangue no Brasil.
Leia Mais
A Portaria 2712, de 12/11/2013, do Ministério da Saúde, determina que homens que se relacionaram sexualmente com outros homens nos últimos 12 meses são inaptos a doar.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
“O Ministério da Saúde argumenta que a proibição visa a assegurar a qualidade do sangue coletado. No entanto, todo o sangue colhido em bancos públicos e privados do Brasil deve obrigatoriamente passar por testes que permitem a identificação de vírus como o HIV e HCV, que causa a Hepatite tipo C”, afirma Leandro Ramos, Diretor de Programas da All Out em entrevista para a Exame. “A campanha busca mostrar que, ao não reconsiderar essa proibição, o Brasil impede o diálogo, reforça estereótipos e joga fora litros de sangue que poderiam salvar vidas”, completa ele.
Este é um debate crescente na América Latina e alguns países já reviram suas regras, e não praticam mais discriminação com relação à orientação sexual na hora de doar sangue, como Argentina, Chile e México.
“Se uma pessoa não usa drogas, mantém um único parceiro sexual e usa preservativo sempre, ela pode doar sangue. A menos que seja um homem que se relaciona com outro homem. Mas, se todo sangue doado, seja de quem for, passa por uma série de testes, por que homens gays e bissexuais são proibidos de doar? O sangue de um homem gay ou bissexual é tão valioso quanto o de qualquer pessoa”, comenta Álvaro Rodrigues, vice presidente de criação da Africa.
Além da instalação móvel, o impactante vídeo (que pode ver abaixo), a ação possui uma plataforma online também. Nela, homossexuais e bissexuais podem se inscrever em uma lista de doadores virtual, com isso, mostra-se em números a quantidade de sangue desperdiçada.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Fonte: Exame
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.