Em tempos de coronavírus, uma oferta de amor. Uma campanha do Abrigo Presbiteriano, um lar de idosas localizado no Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro, viralizou nas redes sociais pedindo doações sem qualquer valor financeiro, mas afetivo.
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A ideia era simples: incentivar as pessoas a telefonarem para a instituição, que abriga cerca de 20 senhoras com idades entre 77 e 100 anos, apenas para conversar com uma das abrigadas. Mas a campanha alcançou mais pessoas do que o imaginado pelos conselheiros que gerem a casa.
“A princípio, a ideia era que os cerca de 30 conselheiros tirassem um tempo para telefonar e conversar com elas, já que a visita de parentes, familiares e amigos está proibida por conta dos perigos do coronavírus. Só que um de nós perguntou se poderia compartilhar com alguns amigos e nós concordamos. Foi aí que a coisa viralizou”, conta o presidente da instituição, João Fernandes.
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Telefone congestionado
O telefone divulgado para receber ligações de quem quisesse participar da campanha ficou congestionado. Foram mais de quatro mil telefonemas em apenas três dias. Até um novo chip teve que ser providenciado para disponibilizar uma linha telefônica exclusiva para que as famílias conseguissem falar com a enfermagem e com as abrigadas.
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“Teve telefonema até de fora do país: da Austrália, de Portugal, da Inglaterra, dos Estados Unidos, da Espanha… Gente de um monte de lugar. Foi muito além do que imaginávamos. Ficamos um pouco preocupados em conseguir dar conta de tudo, mas não vamos deixar de responder. Foram muitos gestos de amor e carinho. Isso não tem preço.”
João conta que, entre as mensagens, há muitos recados de pessoas que tem se sentido solitárias neste período. Telefonar para o Abrigo serviu também como uma forma de encontrar afeto mútuo.
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Solidão do outro lado da linha
“Teve uma senhora de 75 anos que ligou e disse que se sente muito sozinha e que gostaria de nos visitar. Infelizmente isso não é possível agora. Mas tão logo seja seguro, esperamos receber a todos os que queiram trazer amor para a nossa instituição.”
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Quem tem organizado as mensagens e as chamadas é uma das funcionárias da instituição.
“O abrigo completou 60 anos no dia 24 de maio. Estávamos planejando uma uma grande festa no segundo sábado de junho que precisou ser adiada por conta da pandemia. Por isso, nós começamos a pensar em ações que pudessem suprir a falta da festa, porque as idosas se alegram muito de ter contato com as pessoas. Embora elas recebam familiares e amigos no dia a dia, o movimento da celebração é muito importante para elas. Assim, pensamos nessa campanha de doação de amor. Graças a Deus, fez tanto sucesso que a gente ficou sem pernas e braços para responder tudo. Aos poucos, estamos retornando a cada uma das mensagens de carinho.”
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O Abrigo está fechado para qualquer tipo de visita presencial, inclusive dos parentes. As medidas são necessárias para cuidar da saúde das idosas. Atualmente, só têm acesso a elas os funcionários que trabalham lá.
“Temos recebido doações, mas elas chegam através da área de estacionamento. As pessoas chegam e saem sem qualquer contato com as idosas. Mesmo as visitas da Vigilância Sanitária ou do Posto de Saúde só entram na casa após todos os procedimentos de segurança serem feitos. E elas, é claro, também ficam protegidas com o uso de máscaras e a higiene constante das mãos”, explica Fernandes.
Vídeo de agradecimento das idosas:
Duas amigas fizeram uma vaquinha e compraram Ipads para idosos de asilos falarem com seus familiares durante a pandemia.
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